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Países da AIE querem reduzir importações de petróleo e gás da Rússia

Entre os 31 membros, as medidas variam em função do seu próprio nível de dependência do gás e petróleo da Rússia. Os Estados Unidos, um dos grandes produtores mundiais, decidiram interromper totalmente as importações da Rússia.

Miguel Baltazar/Negócios
24 de Março de 2022 às 17:37
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Os 31 países da Agência Internacional de Energia (AIE) comprometeram-se hoje a "reduzir radicalmente" as importações de gás e petróleo russo e consideram que a crise energética atual deve servir para acelerar a transição para energias limpas.

Estas são as duas principais mensagens da reunião ministerial anual da AIE, que terminou hoje em Paris, na qual se deixou a porta aberta a aumentar a oferta de petróleo com recurso a reservas estratégicas para acalmar a tensão.

O diretor executivo da AIE, Fatih Birol (na foto), salientou ao apresentar as conclusões, em conferência de imprensa, que todos os Estados-membros levaram a Paris medidas para reduzir as compras de hidrocarbonetos russos para punir Moscovo pela invasão da Ucrânia.

"São diferentes políticas, mas com um único objetivo: reduzir radicalmente as importações de gás e petróleo russos", indicou. Birol congratulou-se com a "unidade e determinação dos países-membros, que dão uma clara resposta à agressão russa".

Entre os 31 membros, as medidas variam em função do seu próprio nível de dependência do gás e petróleo da Rússia.

Os Estados Unidos, um dos grandes produtores mundiais, decidiram interromper totalmente as importações da Rússia. Na União Europeia, onde essa dependência era no ano passado de 30% para o petróleo e de 40% para o gás, não houve uma interrupção total das compras devido ao risco de problemas de fornecimento.

Washington comprometeu-se a ajudar os europeus para que isso não ocorra na medida das suas possibilidades, mas a secretária da Energia norte-americana, Jennifer Granholm, não quis indicar qual será a contribuição dos Estados Unidos.

Granholm e Birol afirmaram que a AIE está disposta a utilizar as suas reservas estratégicas para baixar a tensão no mercado energético.

Além dos riscos imediatos, os membros da AIE afirmaram no comunicado final que, para evitar que os problemas nos preços e no abastecimento se repitam, o melhor é acelerar a transição para energias limpas.

Uma aceleração que também está em linha com o que se tornou uma das principais linhas de ação da AIE: apoiar os países para que seja atingida a meta de zero emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) até meados do século.
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