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Nuclear: Macron pede ao Irão para voltar "rapidamente" a respeitar acordo

"O Irão deve regressar rapidamente ao respeito de todos os seus compromissos e obrigações perante a Agência Internacional de Energia Atómica e retomar a cooperação que permitirá à Agência cumprir plenamente a sua missão", disse Macron.

A energia nuclear esteve no centro das atenções na Cimeira do Clima das Nações Unidas, a COP26, que decorreu em Glasgow.
Benoit Tessier/Reuters
29 de Novembro de 2021 às 23:42
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu novamente ao Irão que se envolva "construtivamente" nas negociações nucleares, retomadas hoje, ao falar telefonicamente com o homólogo iraniano Ebrahim Raissi, indicou hoje o Palácio do Eliseu, num comunicado.

Na nota é referido que Macron lembrou que o objetivo de Paris é levar o Irão a "regressar ao acordo" e ao "pleno respeito de todos os compromissos" no âmbito do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), assim como os Estados Unidos.

O plano é um acordo internacional acerca do programa nuclear iraniano assinado a 14 de julho de 2015 entre o Irão, União Europeia (UE) e o P5+1 (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), que Washington abandonou em 2018.

Na conversa telefónica, que também foi confirmada pela imprensa iraniana, Macron sublinhou a necessidade de o Irão se "envolver construtivamente" nessa direção para que as discussões "permitam um regresso rápido ao acordo".

"[O Irão] deve regressar rapidamente ao respeito de todos os seus compromissos e obrigações perante a AIEA [Agência Internacional de Energia Atómica] e retomar a cooperação que permitirá à Agência cumprir plenamente a sua missão", disse Macron a Raissi.

Após um intervalo de cinco meses, os negociadores sobre o nuclear iraniano reuniram-se hoje em Viena, após cinco meses de pausa, num clima considerado "positivo", apesar de os analistas permanecerem pouco otimistas sobre a possibilidade de ser retomado rapidamente.

A reunião que iniciou esta nova ronda negocial prolongou-se por pouco mais de duas horas no palácio Cobourg, na capital austríaca, onde foi concluído o histórico acordo.

Apesar das "circunstâncias difíceis", "aquilo a que hoje assisti incita-me a estar extremamente positivo", declarou à saída o diplomata europeu Enrique Mora, que preside às negociações.

Os peritos vão prosseguir o trabalho nos próximos dias com "um sentimento de urgência para fazer reviver" o pacto de 2015, precisou, apesar de admitir a "complexidade" dos temas em debate.

Duas questões decisivas vão estar no centro das conversações: os compromissos nucleares de Teerão e o levantamento das sanções norte-americanas.

Mora congratulou-se com "a vontade clara de Teerão de fornecer um trabalho sério", após a República islâmica ter manifestado "firme determinação em alcançar um acordo".

 
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