Notícia
Irão "tem pressa" em restaurar acordo nuclear mas rejeita que "brinquem com texto" do tratado
Desde o passado dia 8 de fevereiro que decorrem em Viena as discretas mas decisivas negociações sobre o acordo nuclear de 2015. Depois da mensagem otimista da diplomacia russa, foi a vez do Irão apontar para "terra à vista", mas deixou avisos à "navegação".
O Irão deixou esta segunda-feira um aviso duplo e público às contrapartes da negociação para restauração do acordo nuclear de 2015.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, confirmou que o país "está com pressa" para chegar a um acordo que restaure o acordo nuclear de 2015, mas alertou que " os EUA e outras potências ocidentais envolvidas nas negociações devem parar de 'brincar' com a linguagem do texto do acordo".
Hossein Amirabdollahian sublinhou que os diplomatas que representam a Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia têm ao seu alcance a celebração de "um bom acordo, dentro da estrutura lógica das conversações", no entanto deixou um aviso: [o Ocidente] deve parar de brincar com os textos e com o tempo e demonstrar as suas verdadeiras intenções".
Mais uma vez, o governante iraniano voltou ainda a apelar para que "o Ocidente remova as as sanções impostas à economia iraniana".
As mais recentes e discretas negociações sobre a restauração do acordo nuclear tem sido assistidas pela comunidade internacional e pelas próprias partes do tratado com otimismo. Na segunda-feira, a diplomacia russa sublinhou que "foram feitos progressos significativos na última rodada de negociações".
Há pouco mais de uma semana que o palácio Coburg - um hotel de luxo em Viena - tem sido o palco das negociações entre Teerão, Berlim, Pequim, Paris, Londres e Moscovo.
Os diplomatas separaram-se no final de janeiro apelando para "decisões políticas", após os "avanços" feitos durante o mês, que permitiram sair de um longo impasse.
No arranque das conversações, a partir de Washington, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, expressou a esperança numa solução rápida, apesar de persistirem grandes divergências. "As duas partes deram provas de boa-vontade", afirmou.
Os Estados Unidos retiraram-se em 2018, durante a Presidência de Donald Trump, que considerava o acordo insuficiente, e em seguida reimpuseram as suas sanções económicas a Teerão.
Em resposta, a República Islâmica libertou-se das principais restrições ao seu programa nuclear, colocado sob a vigilância da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).
As negociações visam aplicar um "retorno mútuo" de Washington e Teerão ao acordo, defendido pelo atual presidente norte-americano, Joe Biden.
Segundo os especialistas, os iranianos estão a apenas algumas semanas de dispor de matéria físsil suficiente para produzir uma arma atómica, apesar de serem necessárias outras etapas.
Teerão tem negado repetidamente a intenção de conceber uma bomba nuclear, insistindo no caráter pacífico do seu programa.
Mas, perante os mais recentes avanços, os Estados Unidos querem concluir o processo o mais rapidamente possível e desejam um "diálogo direto", o que o Irão não quer, neste momento.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, confirmou que o país "está com pressa" para chegar a um acordo que restaure o acordo nuclear de 2015, mas alertou que " os EUA e outras potências ocidentais envolvidas nas negociações devem parar de 'brincar' com a linguagem do texto do acordo".
Mais uma vez, o governante iraniano voltou ainda a apelar para que "o Ocidente remova as as sanções impostas à economia iraniana".
As mais recentes e discretas negociações sobre a restauração do acordo nuclear tem sido assistidas pela comunidade internacional e pelas próprias partes do tratado com otimismo. Na segunda-feira, a diplomacia russa sublinhou que "foram feitos progressos significativos na última rodada de negociações".
Há pouco mais de uma semana que o palácio Coburg - um hotel de luxo em Viena - tem sido o palco das negociações entre Teerão, Berlim, Pequim, Paris, Londres e Moscovo.
Os diplomatas separaram-se no final de janeiro apelando para "decisões políticas", após os "avanços" feitos durante o mês, que permitiram sair de um longo impasse.
No arranque das conversações, a partir de Washington, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, expressou a esperança numa solução rápida, apesar de persistirem grandes divergências. "As duas partes deram provas de boa-vontade", afirmou.
Os Estados Unidos retiraram-se em 2018, durante a Presidência de Donald Trump, que considerava o acordo insuficiente, e em seguida reimpuseram as suas sanções económicas a Teerão.
Em resposta, a República Islâmica libertou-se das principais restrições ao seu programa nuclear, colocado sob a vigilância da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).
As negociações visam aplicar um "retorno mútuo" de Washington e Teerão ao acordo, defendido pelo atual presidente norte-americano, Joe Biden.
Segundo os especialistas, os iranianos estão a apenas algumas semanas de dispor de matéria físsil suficiente para produzir uma arma atómica, apesar de serem necessárias outras etapas.
Teerão tem negado repetidamente a intenção de conceber uma bomba nuclear, insistindo no caráter pacífico do seu programa.
Mas, perante os mais recentes avanços, os Estados Unidos querem concluir o processo o mais rapidamente possível e desejam um "diálogo direto", o que o Irão não quer, neste momento.