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Negociações para salvar acordo nuclear com Irão serão "muito difíceis", diz UE

Após uma interrupção de cinco meses, as negociações para salvar o acordo concluído em 2015 foram reiniciadas no final de novembro durante um oitavo ciclo entre os países ainda signatários do acordo, nomeadamente Alemanha, França, Reino Unido, China, Irão e Rússia.

Reuters
27 de Dezembro de 2021 às 23:55
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As negociações para tentar salvar o acordo nuclear com o Irão, retomadas hoje em Viena, serão "muito difíceis", advertiu o coordenador da União Europeia (UE), Enrique Mora.

Após uma interrupção de cinco meses, as negociações para salvar o acordo concluído em 2015 foram reiniciadas no final de novembro durante um oitavo ciclo entre os países ainda signatários do acordo, nomeadamente Alemanha, França, Reino Unido, China, Irão e Rússia.

Ainda assim, Enrique Mora, que preside à reunião, afirmou que todas as partes mostraram "uma clara vontade de trabalhar para o sucesso das negociações". "É um bom presságio. Vamos trabalhar muito a sério nos próximos dias e semanas. Vai ser muito difícil", comentou.

Os negociadores vão reunir-se ao longo de toda a semana, até sexta-feira, antes de uma paragem no fim de semana, por motivos logísticos, segundo Mora.

O objetivo das negociações é trazer de volta ao pacto os Estados Unidos, que em 2018 o abandonaram e estabeleceram sanções contra o Irão.

Os Estados Unidos participam nas negociações de forma indireta, uma vez que Teerão recusa falar diretamente com Washington.

"Hoje começa uma nova ronda de negociações. A questão das garantias e verificação" do levantamento de sanções norte-americanas se Washington voltar a integrar o acordo "estão na ordem de trabalhos do dia", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossen Amir Abdollahian, citado pela agência de notícias oficial do país, IRNA.

O acordo de 2015 oferecia a Teerão o levantamento de uma parte das sanções que sufocavam a sua economia, em troca de uma redução drástica do seu programa nuclear, colocado sob estrito controlo da ONU.

No entanto, está comprometido desde a retirada unilateral dos Estados Unido e do restabelecimento das sanções que afetam diversos setores económicos do país, entre os quais a exportação de petróleo.

Desde então, o Irão, que nega pretender produzir a bomba atómica, foi revogando progressivamente a maioria dos compromissos assumidos.

 
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