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Novo CEO da Galp vê "oportunidade" numa das "maiores mudanças do século" no setor
No mesmo texto, o CEO admite sentir-se "intimidado" por ser o primeiro líder estrangeiro desta empresa.
O novo CEO da Galp, Andy Brown (na foto), afirma que a empresa enfrenta uma das "maiores mudanças no nosso sistema energético no último século", mas acredita que a Galp "pode desempenhar um papel fundamental" nesta fase de transição energética e, neste sentido, a mudança pode representar "uma oportunidade para a Galp prosperar e crescer".
Estas ideias são partilhadas por Andy Brown com os colaboradores da empresa numa carta que lhes foi dirigida, e à qual o Negócios teve acesso. Brown assumiu as funções de CEO na passada sexta-feira, tomando o lugar de Carlos Gomes da Silva ainda antes da data que estava marcada inicialmente, o dia 19 de fevereiro.
O novo CEO compromete-se a "definir uma direção clara para a empresa", ao mesmo tempo que quer estimular a agilidade no trabalho e na tomada de decisões. Neste sentido, apela aos colaboradores que tentem "procurar oportunidades para criar mais valor através de novas ideias, trabalhando de forma eficiente e poupando custos" e que estejam preparados para acolher a mudança.
No mesmo texto, o CEO admite sentir-se "intimidado" por ser o primeiro líder estrangeiro desta empresa, mas mostra, paralelamente, entusiasmo com o cargo. Depois de uma carreira de 35 anos na Shell, que o levou a viver em sete países diferentes, diz acreditar que Portugal "será o melhor". Quer explorar o país e aprender a língua, adianta, ao mesmo tempo que agradece as boas-vindas "calorosas" que tem recebido.
No que toca à realidade dos colaboradores, Brown espera promover uma cultura de meritocracia dentro da empresa e pede atenção e solidariedade entre estes de forma a que exista bem-estar, saúde e um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. O CEO reconhece que, dada a situação de pandemia, os trabalhadores terão "níveis de stress elevados", pelo que diz ter "uma enorme admiração pelo que conquistaram neste último ano, apesar deste contexto difícil".
Esta visão deverá ser partilhada e discutida numa reunião para a qual os trabalhadores ficam convidados a comparecer, no próximo dia 10 de fevereiro, em formato virtual.