Notícia
Moody’s vê mais "riscos de intervencionismo político" na energia em Espanha do que em Portugal
A agência de notação financeira acredita que os preços no mercado grossista na Península Ibérica deverão continuar mais baixos do que os do noroeste da Europa.
A Moody’s considera que "os riscos de intervenção política são maiores em Espanha do que em Portugal" no mercado da energia.
Num relatório divulgado esta quarta-feira, a agência de notação financeira sublinha que, "em Portugal, os níveis das tarifas reguladas beneficiam da grande quantidade de acordos competitivos de compra e venda de energia ("PPAs" em inglês) de origem renovável de longo prazo", o que, na opinião da Moody’s, "diminui os riscos de intervencionismo político".
Citado pelo relatório, Benjamin Leyre, vice-presidente do Moody's Investors Service, nota que, pelo contrário, "o governo espanhol avalia a aplicação de um imposto sobre a receita das empresas de energia e um ‘clawback’ [mecanismo regulatório que visa equilibrar a concorrência no mercado grossista da eletricidade] sobre os lucros obtidos por empresas não emissoras de CO2" e também estuda "uma reforma da estrutura tarifária regulada de eletricidade, a fim de reduzir sua volatilidade".
Em ambos os casos, a Moody’s antecipa que os consumidores da Península Ibérica continuem a ser menos penalizados do que noutras geografias europeias: "Os preços no mercado grossista da energia em Portugal e em Espanha, provavelmente, continuarão mais baixos do que os do noroeste da Europa continental".
A agência lembra que "os preços no mercado grossista da energia nestes países continuam a ser definidos pelos preços do gás na região" e "os preços do gás em Portugal e em Espanha estão mais baixos do que os preços do gás natural da TTF dos Países Baixos, principal referência para a Europa Ocidental, "até agora, neste ano", além de que "estão menos expostos à interrupção do fornecimento do gás natural russo".
Num relatório divulgado esta quarta-feira, a agência de notação financeira sublinha que, "em Portugal, os níveis das tarifas reguladas beneficiam da grande quantidade de acordos competitivos de compra e venda de energia ("PPAs" em inglês) de origem renovável de longo prazo", o que, na opinião da Moody’s, "diminui os riscos de intervencionismo político".
Em ambos os casos, a Moody’s antecipa que os consumidores da Península Ibérica continuem a ser menos penalizados do que noutras geografias europeias: "Os preços no mercado grossista da energia em Portugal e em Espanha, provavelmente, continuarão mais baixos do que os do noroeste da Europa continental".
A agência lembra que "os preços no mercado grossista da energia nestes países continuam a ser definidos pelos preços do gás na região" e "os preços do gás em Portugal e em Espanha estão mais baixos do que os preços do gás natural da TTF dos Países Baixos, principal referência para a Europa Ocidental, "até agora, neste ano", além de que "estão menos expostos à interrupção do fornecimento do gás natural russo".