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Moody’s diz que sobrecompensações dos CMEC são negativas para perfil de crédito da EDP

A agência de rating considera que as alegadas sobrecompensações relativas aos CMEC que a EDP terá de pagar ao Estado são negativas para o perfil de crédito da eléctrica.

Mafalda Santos
01 de Outubro de 2018 às 17:53
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As alegadas sobrecompensações no valor de 285 milhões de euros no âmbito dos CMEC exigidas pelo Governo podem ter um impacto negativo para o crédito da EDP, segundo uma nota da Moody’s. Ainda assim, a agência de notação financeira considera que o rating da empresa não está em risco.

A agência de notação financeira relembra que em resultado desta decisão da secretaria de Estado da Energia a eléctrica reviu em baixa as estimativas do lucro para 2018. E que apesar de a EDP ter dito que esta decisão não tinha fundamentação "legal, económica e técnica", e que ia tomar todas as medidas necessárias para proteger os interesses da empresa, vai provisionar 285 milhões de euros nas contas de 2018. Esta revisão dos lucros não terá, contudo, impacto na distribuição de dividendos, como a empresa já tinha dito.

A Moody’s destaca que este valor (285 milhões de euros) representa menos de 2% do total da dívida da EDP. E o rácio de cobertura da dívida mantém-se em 15,8%.  E "dada a natureza não recorrente da provisão e o seu impacto financeiro moderado, esperamos que a EDP mantenha níveis de fluxo de caixa de dívida líquida a curto e médio prazo de dois dígitos, o que é consistente com o nível de rating Baa3 existente", lê-se na mesma nota.

Já a longo prazo, a agência destaca que "o perfil de crédito da EDP é provavelmente influenciado pelo sucesso da oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges Corporation (CTG). Se for bem sucedida, a oferta poderia ser positiva para o perfil de crédito da EDP".

A Moody’s, revela ainda que assim que "houver mais visibilidade sobre a oferta do CTG, a EDP espera efectuar uma actualização do seu plano estratégico, que actualmente cobre o período 2016-20".

 

 

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