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Mexia não se lembrava de ter despedido Henrique Gomes da Gás de Portugal
António Mexia defendeu que é “não é favorável à manutenção de pessoas que não sabem o que estão a fazer”. Mas não se lembrava que tinha dispensado Henrique Gomes da Gás de Portugal quando o voltou a encontrar enquanto secretário de Estado da Energia.
António Mexia não se lembrava que tinha despedido Henrique Gomes da Gás de Portugal quando o conheceu enquanto secretário de Estado da Energia. "Só me apercebei que era suposto conhecê-lo depois de o ter encontrado", confessou o presidente executivo da EDP que está a ser ouvido no Parlamento na comissão de inquérito às rendas de energia.
Questionado pelos deputados sobre este assunto, o gestor começou por dizer que a sua relação "com o Eng. Henrique Gomes foi sempre cordata e relativamente curta", até porque a ligação era mais com o ministro do que com o secretário de Estado. Porém, admitiu que achou "peculiar que ele tivesse vindo ao Parlamento dizer que tinha sido despedido por mim quando cheguei à presidência da Gás de Portugal".
António Mexia explicou que se trata de uma empresa com poucos empregados e "era necessário tornar a empresa mais eficiente". Nesse sentido, quis saber quem tinha ou não tinha funções. "Não sou favorável à manutenção de pessoas que não sabem o que estão a fazer", acrescentou, referindo-se à saída de Henrique Gomes da empresa.
Henrique Gomes, secretário de Estado do Governo de Passos Coelho, bateu com a porta após nove meses de assumir o cargo. O antigo secretário de Estado defendia a introdução de uma contribuição especial sobre as rendas excessivas na produção regulada de energia e a sua proposta foi inviabilizada pelo Governo. Segundo Álvaro Santos Pereira a demissão de Henrique Gomes em 2012 teria levado abertura de garrafas de champanhe na sede da EDP.