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Mexia: "EDP foi e continua a ser o abono de família para o Estado"

O CEO da EDP, António Mexia, defende a empresa que lidera desde 2006 e inverte o argumento das rendas excessivas. Para Mexia, a EDP não só não está a ser beneficiada na relação contratual com o Estado, como tem servido de "abono", afirma.

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Mexia: 'EDP foi e continua a ser o abono de família para o Estado'
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António Mexia, presidente Executivo da EDP, afirma que o contributo entregue pela elétrica a Portugal é "indiscutível" e acusa o Estado de "cair na tentação" de ir buscar receitas ao setor, apoderando-se dos proveitos da EDP como um "abono".

"A EDP foi e continua a ser o abono de família para o Estado", afirmou António Mexia perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade, que pretende apurar se a elétrica saiu beneficiada dos contratos que assinou com o Estado na transição para o mercado liberalizado.

A sustentar a afirmação, declarou que o Estado terá imposto medidas com um impacto de cerca de 2 mil milhões na empresa entre 2012 e 2020. "O valor da companhia em Portugal foi reduzido ao meio", acusa ainda, dizendo que "a tentação de ir buscar receitas ao setor" é "muito grande".


Da ótica de Mexia, a EDP não só "não tem extraído valor excessivo" como "o contributo que a EDP tem dado a Portugal é um contributo indiscutível". Entre os valores entregues ao Estado, o CEO da EDP destaca o investimento de mais de 15 mil milhões de euros nos últimos 20 anos e o valor dos impostos – cerca de 675 milhões nos últimos dois anos.

Por outro lado, Mexia sublinha ainda os ganhos para o Estado com a privatização da elétrica e ainda enquanto acionista. "O Estado foi recolher 15 mil milhões de euros à empresa ao longo das diferentes fases de privatização", apontou, para além dos 1,9 mil milhões em dividendos que o Estado terá recebido como acionista.

Por fim, para o CEO da EDP, é "absolutamente decisivo" notar que os contratos que foram substituídos pelos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), os Contratos de Aquisição de Energia (CAE), resultaram de um concurso. Adicionalmente, sublinha que a maioria das decisões em causa foram tomadas "com o Estado a possuir entre 25% e 100% do capital" e, mais tarde, com a necessidade de tornar a empresa viável, antes da privatização.  

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