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Mexia espera que Governo cumpra acordo assumido para baixar a CESE
O presidente da EDP relembrou o compromisso assumido pelo Governo no ano passado de reduzir a CESE em 2020. Quanto ao fecho das centrais a carvão, comentou que a EDP já tem dado passos nesse sentido nos últimos anos.
O presidente executivo da EDP, António Mexia, espera que a versão preliminar do Orçamento do Estado para 2020 contemple uma descida da contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), tal como tinha sido prometido pelo Governo no final do ano passado.
"Houve um compromisso assumido no ano passado de reduzir a CESE e de que o valor seria direcionado para abater o défice tarifário e, assim, reduzir o preço da luz", relembrou o responsável esta quinta-feira durante uma conferencia telefónica com analistas no âmbito da apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano.
António Mexia referia-se ao acordo para o pagamento do montante que a elétrica tinha em atraso [no valor de 120 milhões de euros] e que permitiu baixar as tarifas da luz em 3,5%.
As negociações para a EDP voltar a pagar a taxa da energia foram encetadas ainda por Jorge Seguro Sanches. Mas ficaram concluídas em dezembro, já no mandato de João Galamba como secretário de Estado da Energia. A empresa considerou que estavam reunidas as condições necessárias para o pagamento, o que não significa, no entanto, que tenha mudado de ideias sobre a taxa. Apesar de pago o valor em falta desde 2017, a elétrica garantiu que vai manter as ações judiciais que tem em curso contra a medida por considerar que ainda há fundamentos para contestação.
Quanto à decisão do Governo de antecipar o fecho das centrais a carvão, nomeadamente a de Sines, para 2023, o líder da EDP comentou apenas que olha para estes processos com naturalidade. E relembrou que todos os anos a EDP faz essa avaliação e tem dado passos para diminuir a produção através desta central, substituindo por fontes renováveis.