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Lucros da EDP aumentam 55% para 460 milhões de euros

O resultado da elétrica foi suportado pelo crescimento das renováveis e pelo desempenho no Brasil. Já a atividade em Portugal continua no vermelho, tendo registado prejuízos de 33 milhões de euros.

Lusa
30 de Outubro de 2019 às 17:16
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A EDP anunciou esta quarta-feira, 30 de outubro, que fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 460 milhões de euros, o que representa um crescimento de 55% face ao período homólogo do ano passado. Excluindo efeitos extraordinários, o resultado recorrente da empresa liderada por António Mexia salcançou 585 milhões de euros, o que traduz um subida de 7%.

 

Este resultado é explicado pelo crescimento da área de renováveis, bem como pelo desempenho no Brasil. Aliás, como foi comunicado esta quarta-feira de manhã ao lucro da EDP Renováveis disparou 197% para 342 milhões de euros.

No período em análise o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 10% nos primeiros nove meses do ano, para 2,66 mil milhões de euros, tendo beneficiado também "do forte crescimento no segmento de energias renováveis".

A capacidade média instalada eólica aumentou 3% para 11 GW, e a estratégia de rotação de acivos, materializada neste período com a venda de um conjunto de parques eólicos na Europa gerou um ganho de 200 milhões de euros".

Pelo contrário, a produção hídrica na Península Ibérica baixou 47% face a 2018 tendo sido impactada, nos primeiros nove meses de 2019, por recursos hídricos 39% abaixo da média histórica em Portugal, o que teve um impacto negativo no EBITDA em cerca de 250 milhões de euros.

A elétrica destaca ainda que a sua operação convencional em Portugal teve um prejuízo líquido de 33 milhões de euros, um valor que compra com as perdas de 25 milhões registadas em igual período do ano passado. Um resultado justificado pela EDP pela "manutenção de um contexto regulatório e fiscal adverso, a que se adicionou em 2019 um volume de produção de energia hídrica anormalmente reduzido".

Na apresentação dos resultados relativos aos nove primeiros meses do ano, a elétrica menciona que neste período foi realizada uma provisão de 285milhões de euros relativa aos CMEC e outra de 87milhões de euros relacionado com o projeto hídrico do Fridão, que está a ser disputado ente a elétrica e o Governo em tribunal arbitral.

No final de setembro a dívida líquida da EDP situava-se em 13,8 mil milhões de euros, um valor 2% acima face a dezembro de 2018, mas 5% abaixo comparando com setembro do ano passado.

(notícia atualizada às 17:43 com mais informação)

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