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Mexia admite antecipar fecho da central a carvão da EDP em Sines

A EDP vai operar a central elétrica alentejana, cujo encerramento está previsto para 2023, “enquanto libertar o suficiente para pagar os custos de funcionamento”, prometendo “estar presente” no novo leilão solar.

Luís Guerreiro
27 de Janeiro de 2020 às 11:38
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António Mexia garante que a EDP vai continuar a operar as três centrais elétricas a carvão no mercado ibérico - tem uma em Sines e duas nas Astúrias (Espanha) – "enquanto elas forem ‘cash positive’" e "libertarem o suficiente para pagar os custos de funcionamento".

 

Argumentando que "tudo o que forem decisões extemporâneas, se não forem preparadas, têm custos", o presidente da empresa elétrica frisa, numa entrevista ao Eco, que "o carvão está a sair [da produção de energia] não só por decisões políticas, mas porque o mercado está a dizer que ‘tu vais perder dinheiro’".

 

Após ter anunciado, em dezembro, que os custos extraordinários com as centrais a carvão vão obrigar a imparidades de 300 milhões de euros, o líder da EDP diz que "se [considerasse] que as margens não estavam lá, até já [tinha] pedido para que Sines não operasse", frisando que a unidade "ainda faz parte desta transição energética".

 

Em 2019, a produção da EDP a partir de carvão caiu para metade. O encerramento da central a carvão portuguesa está agendada para 2023, com António Mexia a reforçar nesta entrevista que o fecho será mesmo antecipado "se não libertar cash".

 

"Gostamos de concorrência" no solar

 

Quanto ao novo leilão solar, que o Governo quer lançar até março deste ano e cujos projetos terão possibilidade de armazenamento, como anunciado na semana passada, no Parlamento, pelo ministro Matos Fernandes, a empresa controlada pela China Three Gorges confirma que voltará a "estar presente".

 

O primeiro leilão para licenças de energia solar realizado em Portugal deixou a EDP de fora. Voltará a ficar de mãos a abanar? "Gostamos de concorrência e que toda a gente possa jogar o mesmo jogo. A única coisa que pedimos é que a EDP não seja descriminada em relação a outras empresas. É só isso", respondeu António Mexia.
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