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Centrais a carvão custam 200 milhões aos lucros da EDP em 2019

A EDP emitiu um comunicado para alertar os investidores do impacto da perda de competitividade das centrais a carvão. Este contexto vai ter um custo de 300 milhões de euros e um impacto de 200 milhões nos lucros.

19 de Dezembro de 2019 às 16:32
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A aceleração da transição energética verificada este ano retirou competitividade às centrais a carvão e este ambiente tem impacto direto nas contas da EDP, revelou a empresa em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A "deterioração material das perspetivas de rentabilidade das centrais elétricas a carvão no mercado Ibérico", a "vontade política de antecipação dos prazos de encerramento destas centrais" e a "manutenção de uma elevada carga fiscal sobre estes ativos" resulta num custo de 300 milhões de euros que será expresso já nos resultados de 2019, revela a empresa liderada por António Mexia.

 

Já em relação aos lucros, a EDP estima um "impacto negativo de 0,2 mil milhões de euros", adianta.

 

Apesar de emitir este alerta, a elétrica mantém a política de dividendos já assumida com os acionistas. "Este custo contabilístico extraordinário, sendo neutral ao nível do cash flow e dívida líquida de 2019, não terá qualquer impacto na política de dividendos anunciada em março de 2019, que definiu em 0,19 euros por ação o montante mínimo do dividendo anual durante o período 2019-2022", assume a EDP.

O Governo de António Costa já reiterou a intenção de antecipar o fecho das centrais a carvão. As metas definidas pelo Executivo são de chegar a 2030 sem qualquer central a carvão em funcionamento, com 80% da eletricidade consumida de origem renovável e com metade das emissões face a 2005. Este objetivos foram definidos pelo primeiro-ministro em junho.

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