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Mário Ferreira reforça posição para 10% na Savannah, dona da mina de Boticas

Mineira britânica congratula-se com interesse cada vez maior de investidores portugueses que diz serem mais de 25. Empresário português figura como terceiro maior acionista da empresa e como o maior a título individual.

Mário Ferreira vendeu à Azora Capital um hotel luxuoso, situado na zona ribeirinha de Gaia, no qual terá investido mais de 30 milhões de euros.
Ricardo Meireles
20 de Novembro de 2024 às 11:18
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Mário Ferreira reforçou a a participação na Savannah Resources, dona do projeto do projeto da mina de lítio do Barroso, em Boticas, para 10%, consolidando a sua posição como terceiro maior acionista da empresa e como o maior a título individual.

O anúncio foi feito pela mineira britânica, num comunicado enviado esta quarta-feira às redações, em que indica que este investimento, por parte do empresário português, "vem na senda de outros, feitos durante o ano de 2024, e que contribuem para que a Savannah Resources tenha cada vez mais uma forte base de acionistas nacionais".

Em agosto, a mineira britânica indicou que 12% da empresa já está nas mãos de investidores portugueses. Nessa altura, Mário Ferreira, presidente do grupo Mystic Invest, CEO da DouroAzul e proprietário da Pluris Investments, que é a maior acionista da Media Capital, dona da TVI, tinha 8,6% do capital.

"É com orgulho que registamos um interesse cada vez maior de investidores portugueses – já acima de 25 investidores diferentes com quem temos contacto direto, além de certamente muitos outros investidores de retalho. A Savannah é cada vez mais portuguesa no terreno também, sendo que a sua contribuição para a economia e também para os esforços europeus de transição energética é cada vez mais clara", diz o CEO da Savannah Resources.  "Sabemos que todos eles estão a depositar a sua confiança em nós para participar no sucesso futuro da empresa, e com ela na construção de uma fileira em que Portugal será decisivo para a construção de uma Europa mais competitiva, tecnológica e sustentável", enfatiza Emanuel Proença.

"Num contexto cada vez mais desafiante e de maior complexidade, sobre a capacidade das nossas economias e as nossas empresas, responderem às necessidades crescentes de autossuficiência energética, com recurso acrescido a fontes de energia renováveis e potenciadoras de reduções de emissões de gases de estufa, entendemos que assume também especial criticidade, a forma como não só produzimos, mas também como armazenamos a energia", refere, por seu turno, Mário Ferreira, também citado na nota enviada às redações.

E justifica a sua aposta na Savannah como um "dever": "Tendo igualmente presente o compromisso europeu nesta matéria, com o objetivo de prosseguirmos o caminho de reduzir substancialmente a dependência de fontes de abastecimento fora do espaço europeu, e sendo Portugal um dos países que, no espaço europeu, maior nível de recursos dispõe para este efeito, nomeadamente as suas comprovadas jazidas de lítio, entendemos ser nosso dever contribuir para este desiderato comum, assumindo um papel ativo no desenvolvimento desta cadeia de valor, a partir de Portugal".

"É neste sentido que entendemos ser parte integrante deste processo irreversível, no qual pretendemos continuar a dar o nosso contributo para uma economia cada vez mais sustentável, em todas as suas frentes, razão pela qual, e depois de um criterioso processo de avaliação, entendemos ser a Savannah Resources, o parceiro com o qual pretendemos corporizar este nosso compromisso com o ambiente e a sociedade", conclui.

Segundo a mineira britânica, o projeto de lítio do Barroso prevê a criação de 300 empregos diretos e entre 1.000 e 2.000 indiretos na região, com os planos a apontarem 2027 como ano de início de produção.

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