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Margem de refinação da Galp cai no ano e no trimestre. Fica abaixo das expectativas

A empresa liderada por Filipe Silva registou uma margem de refinação de 6,1 dólares. Os analistas esperavam um valor superior, de 8,27 dólares.

Administrador financeiro da Galp durante mais de 10 anos, Filipe Silva assumiu o cargo de CEO há um ano, em janeiro de 2023, com a saída do britânico Andy Brown.
Walter Branco
Diogo Mendo Fernandes diogofernandes@negocios.pt 29 de Janeiro de 2024 às 07:48
A Galp registou uma margem de refinação de 6,1 dólares por barril de petróleo no quarto trimestre do ano passado, uma descida significativa, de 58%, face aos 14,6 dólares do trimestre anterior. Os números ficaram abaixo dos 8,27 dólares antecipados pelos analistas ouvidos pela Bloomberg.

A informação foi comunicada pelo petrolífera esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em termos de comparação homóloga, a margem de refinação reduziu-se em 54%, período em que se fixou nos 13,5 dólares por barril.

A empresa justifica que "a margem de refinação mais baixa em termos trimestrais e anuais reflete a diminuição dos 'cracks' [diferença entre os preços do crude e dos produtos que dele derivam] de produtos petrolíferos internacionais e os efeitos de uma paralisação planeada".

No que diz respeito à produção líquida petrolífera, a Galp dá conta de uma queda de 2% face ao período hómologo de 2022, de 128,6 para 126,4 mil barris por dia. Já face ao terceiro trimestre do ano passado, a petrolífera conseguiu aumentar muito ligeiramente (apenas 1%) a sua produção de petróleo no Brasil (de 115,8 para 117,2 mil barris por dia, depois de ter vendido os projetos em Angola) nos últimos três meses de 2023. Numa comparação face ao terceiro trimestre do ano a subida é da mesma dimensão.

Na produção de gás natural em Moçambique, a subida no último trimestre do ano foi de 8% face aos três meses imediatamente anteriores. No entanto, olhando para o período homólogo de 2022, é possível ver que a produção de gás moçambicano quase quintuplicou no espaço de um ano. 

A Galp destaca a "elevada disponibilidade e eficácia" nas unidades petrolíferas no Brasil e a "contribuição do projeto Coral Sul" em Moçambique. 

Com a refinaria de Sines parada para uma manutenção planeada de larga escala em outubro de novembro de 2023, no último trimestre do ano o provessamento de matérias-primas foi diretamente afetado e caiu 25% face ao período homólogo e 31% por comparação com os três meses anteriores, fixando-se em 15,4 milhões de barris.   

"No seguimento de uma grande manutenção planeada à refinaria de Sines, o volume de matérias primas processadas foi inferior e os custos operacionais situaram-se em cerca de nove dólares por barris", referiu a Galp. 

Na área das renováveis, a capacidade instalada da galp aumentou 4%, com a geração de energia a aumentar também 16% em termos anuais (ainda que tenha caído 53% face ao trimestre anterior), devido a novos projetos solares com 50 MW em Espanha.

Nas vendas a clientes finais, o "trading update" da Galp indica ainda que as vendas de combustíveis da companhia caíram 4% em termos homólogos, tendo caído 7% face ao segundo trimestre.

Na eletricidade, foi registada uma subida das vendas, de 47% em termos anuais, tendo contabilizado um crescimento de 57% numa análise em cadeia.

Por sua vez, a comercialização de gás natural manteve-se inalterada entre outubro e dezembro face ao trimestre anterior, mas reduziu-se em 21% em comparação ano anterior.

A empresa liderada por Filipe Silva apresenta as suas contas relativas a 2023 no próximo dia 12 de fevereiro.
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