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Macron diz que necessidade de gasoduto entre Espanha e França não é evidente

"Somos a favor de práticas de compra comum de gás (...) Isso permitiria à Europa, comprando em conjunto, comprar mais barato", assegurou o Presidente francês, após uma conversa com Scholz sobre a crise energética na Europa.

05 de Setembro de 2022 às 18:20
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que não vê provas evidentes da necessidade de um novo gasoduto entre França e Espanha, defendendo uma estratégia de compra comum de energia na Europa.

"Precisamos de mais interligação elétrica. Mas não estou convencido de que necessitemos de mais interligação de gás, cujas consequências, em particular no ambiente, e em particular no ecossistema, são mais importantes. (...) Não há prova da sua necessidade", defendeu Macron, durante uma conferência de imprensa, após uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Macron mostrou-se "a favor de práticas de compras comuns de gás" na Europa, dizendo que os países devem comprar "mais barato", além de procurarem limitar o preço do gás russo entregue através de gasodutos.

"Somos a favor de práticas de compra comum de gás (...) Isso permitiria à Europa, comprando em conjunto, comprar mais barato", assegurou o Presidente francês, após uma conversa com Scholz sobre a crise energética na Europa.

"Se a Comissão Europeia decidir colocar um teto no preço do gás comprado através dos gasodutos da Rússia, a França apoiará essa medida", garantiu Macron, que se apresentou ainda favorável a novos mecanismos de controlo de preço a nível europeu.

"Defendemos um mecanismo de contribuição europeu (...), que seria, portanto, solicitado aos operadores de energia", defendeu o líder francês, no momento em que a Comissão Europeia está a preparar um plano de reforma dos preços da energia.

"Essa contribuição poderá então ser restituída aos países, para financiarem as suas medidas nacionais específicas", argumentou Macron, acrescentando que pretende também "medidas de combate às práticas especulativas".

Apesar de todas estas medidas, o Presidente francês insiste que a população deve dar o seu contributo para combater a crise energética, propondo uma redução acentuada de 10% no uso de energia, nos próximos meses.

Macron avisou que está a preparar planos de racionamento de energia, na eventualidade de haver cortes de distribuição de gás russo, como a Alemanha e a França admitem que venha a acontecer, por decisão unilateral da Rússia.

"A melhor energia é a que não consumimos", concluiu o líder francês, pedindo às famílias e empresas que economizem energia, nomeadamente através da redução de aquecimento e do uso de ar condicionado.
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