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Importações de produtos energéticos caem abaixo de mínimos de 2000

O fecho das centrais termoelétricas a carvão contribuiu para a diminuição das importações de produtos energéticos.

Reuters
03 de Maio de 2021 às 14:26
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A importação de produtos energéticos para Portugal custou quase menos 40% em ano de pandemia, comparando com o ano anterior. Esta descida deixou o saldo importador no nível mais baixo de que há registo, sendo que os dados começam em 2000.

"O saldo importador de produtos energéticos foi de 2.914 milhões de euros, representando, face a 2019, uma redução de 38,6% em euros", lê-se num relatório publicado no site da Direção Geral de Energia e Geologia. Em 2000, Portugal teve um saldo importador de 3724 milhões de euros e, nos dois anos seguintes, o valor desceu, até chegar aos 3.724 milhões – um patamar que, até agora, era o mais baixo.

A contribuir para este cenário estiveram três fatores. Por um lado, destaca a DGEG, verificou-se "uma conjuntura internacional favorável em termos da diminuição generalizada dos preços médios de importação, face a 2019". Foi o caso do petróleo bruto, cujo preço desceu 27,5%, e do gás natural, que caiu 14,2%. Em paralelo, notou-se o impacto da pandemia de covid-19, "que provocou uma redução do consumo e consequentemente das importações de produtos energéticos".

Por fim, o fecho das centrais termoelétricas a carvão – Sines no início do ano, e a do Pêgo com o encerramento marcado para o próximo novembro – ditou que não fosse importado mais carvão para o funcionamento de ambas.

Em oposição, as exportações também desceram. A diminuição dos preços refletiu-se negativamente no valor das exportações, relativamente a 2019, na medida em que se verificou uma redução de 32,4% em euros. A grande fatia refere aos refinados, os quais, ao representarem cerca de 87% do total exportado em volume, reduziram o seu contributo em 35,3%, em euros, face a 2019.

Desta forma, o peso do saldo importador de produtos energéticos no PIB teve uma redução de 0,8 p.p., face a 2019 (1,4% versus 2,2% em 2019), sobretudo como consequência de o peso da importação total no PIB ter diminuído 1,4 p.p. (2,8%, versus 4,2% em 2019).

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