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Haitong: Acordo entre a Petrobras e a Total é "positivo" para a Galp

A Total vai tomar uma posição de 22,5% no bloco 11 na Bacia de Santos, no pré-sal brasileiro, onde a Galp detém 10%.


O Haitong avalia as acções da Galp Energia em 12,00 euros, o que implica um potencial de desvalorização de 17%. A recomendação é de neutral.

As acções da Galp Energia apresentam uma prestação 58% superior ao sector nos últimos dois anos, negociando já acima da avaliação do Haitong. Contudo, o banco de investimento diz que as acções deverão continuar suportadas no curto prazo devido ao impacto da recuperação dos preços do petróleo nos resultados; potencial de valorização dos activos em Moçambique e boa execução dos projectos no Brasil.

As estimativas do Haitong apontam para que produção da Galp aumente 39% este ano e 29% em 2018, devido à actividade no campo petrolífero Lula. A recente venda de activos em Portugal (22,5% da Galp Gás Natural Distribuição) pode abrir portas a aquisições no Brasil, salienta o banco de investimento, alertando contudo para a “forte concorrência” por estes activos devido à melhoria da situação política no Brasil e recuperação nos preços do petróleo.
Bruno Simão/Negócios
22 de Dezembro de 2016 às 10:22
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A francesa Total é a mais recente parceira da Galp no petróleo brasileiro. A gaulesa chegou a acordo para comprar vários activos à Petrobras. O negócio ficou fechado por 2,2 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) e inclui a participação em vários campos petrolíferos.

Analisando o negócio, o Haitong considera que o mesmo é "positivo" para a Galp, por um "importante actor como a Total reforçar a sua presença no pré-sal no Brasil e, especialmente, por se vir a tornar num parceiro no bloco 11".

A Galp está presente na bacia de Santos em três blocos: 8, 11 e 24. E a Total vai ficar com uma posição de 22,5% no bloco 11, onde a Galp detém 10% e o BG Group 25%.

"Pensamos que de um ponto de vista estratégico a presença da Total nestes blocos vai acrescentar valor à avaliação do campo de Iara, assim como ao seu desenvolvimento e produção", concluiu o Haitong.

Além do bloco 11, a Total também vai ganhar posição na bloco 8, onde vai passar a operadora com ma posição de 35%, passando a ser parceira da Repsol, com o Haitong a considerar que a operação também vai ser "positiva" para a petrolífera espanhola.

O BPI, por seu turno, analisou o negócio entre a Petrobras e a Total e considera que o mesmo é "positivo estrategicamente", e vai permitir que estes "activos estratégicos sejam capazes de atrair mais capital estrangeiro, melhorando as condições de crédito e aumentar as capacidades de pesquisa e exploração".

O negócio entre a Petrobras e a Total também incluiu uma parceria 50-50 em duas centrais térmicas no estado da Bahia, com uma com capacidade instalada de 322 megawats. A Petrobras vai ficar com a opção de tomar uma posição de 20% na área de Perdido Foldbelt, na área mexicana no Golfo do México.


Nota:
A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 
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