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Greenvolt dispara 12% na bolsa de Lisboa. Chegou a negociar acima do valor da OPA

Como consequência do anúncio da oferta de aquisição pela norte-americana KKR, as ações da Greenvolt foram suspensas na bolsa de Lisboa na manhã desta quinta-feira. A suspensão foi levantada pelas 10:30 horas.

A empresa liderada por João Manso Neto não abandona a ideia de recorrer novamente ao retalho para aproveitar as várias fontes de investimento disponíveis no mercado.
Phil Boutefeu
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As ações da Greenvolt dispararam nas primeiras negociações do dia na bolsa de Lisboa. Os títulos estiveram suspensos por imposição da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no seguimento do lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte da norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR).

Pelas 10:30 horas, as ações da Greenvolt voltaram a negociar na praça portuguesa, tendo chegado a valorizar 12% para 8,345 euros - temporariamente acima do preço oferecido na operação (8,30 euros). Entretanto os ganhos aliviaram para cerca de 9%.

"O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou no dia 21/dez/2023 pelas 10:30 (UTC), nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, o levantamento da suspensão da negociação das ações Greenvolt Energias Renováveis S.A.", lê-se no site da CMVM.

Esta manhã, CMVM decidiu suspender as ações da Greenvolt na bolsa de Lisboa. A decisão foi tomada após a notícia de que o fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, gerido pela KKR, lançou formalmente "uma oferta pública geral e voluntária de aquisição da totalidade das ações" (OPA) da Greenvolt.

A oferta do Gamma Lux aos acionistas na Bolsa de Valores de Lisboa prevê a compra de cada ação da Greenvolt por 8,3 euros, 11,5% acima do valor das ações do grupo no fecho da sessão de quarta-feira (7,45 euros).

O fundo gerido pela KKR sublinhou ainda que a oferta representa "um prémio de 95,3% em relação ao preço inicial de admissão da oferta pública inicial das ações, em 15 de julho de 2021".

Face a este valor, a KKR avalia a Greenvolt em 1,2 mil milhões de euros e dispõe de capacidade para facilitar a captação de investimento privado de modo a fazer face ao crescimento que se espera para a empresa gerida por João Manso Neto. 
A KKR é também acionista da empresa de tecnologia chinesa ByteDance Ltd., que tem entre as subsidiárias a rede social TikTok.

A empresa global de investimento irá integrar este investimento na energética portuguesa na sua plataforma de infrastruturas que, desde 2008, já investiu mais de 15 mil milhões de dólares no setor das energias renováveis e transição climática, sempre numa perspetiva de longo prazo.
O lançamento desta oferta tornou-se obrigatório, depois de o fundo gerido pela KKR ter assinado sete contratos para comprar uma participação total 60,86% na Greenvolt a sete acionistas da empresa liderada por João Manso Neto.

As aquisições só deverão estar concluídas a partir de 31 de maio de 2024, após aprovação por parte da Autoridade da Concorrência Portuguesa e dos homólogos da Roménia, da Irlanda, do Reino Unido e da Alemanha, indicou a mesma nota.

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