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Greenvolt fatura mais 22,7% mas regista perdas semestrais de três milhões

A empresa liderada por João Manso Neto justifica as contas no vermelho com o esforço de investimento e efeitos cambiais negativos.

Paulo Calado
19 de Setembro de 2023 às 18:54
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A Greenvolt encerrou a primeira metade do ano com prejuízos de três milhões de euros, valor que compara com lucros de 1,2 milhões registados no primeiro semestre do ano passado, informou esta terça-feira a empresa liderada por João Manso Neto em comunicado à CMVM.

A empresa justifica as perdas com o esforço de investimento realizado, bem como o efeito cambial adverso de 10 milhões de euros decorrente da desvalorização do zloty polaco.

As receitas cresceram 22,7% em termos homólogos, cifrando-se em 139,1 milhões de euros, enquanto os resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) subiram 4,1%, para os 38,3 milhões. A margem EBITDA decresceu em quase cinco pontos percentuais, passando de 32,4% para 27,5%.

A Greenvolt destaca o impacto negativo do segmento da biomassa, fruto da diminuição do preço de venda da eletricidade no Reino Unido e da paragem da unidade de Tilbury. Contudo, sublinha, as receitas do segmento de energias renováveis de larga escala (utility scale) e da geração distribuída mais do que duplicaram. No segmento de utility scale, as receitas cresceram 190%, para 24 milhões de euros, enquanto na geração distribuída a faturação ascendeu a 38,5 milhões de euros, mais 108,3% do que há um ano.

Manso Neto destaca que os resultados "traduzem já o aumento do peso dos projetos utility scale e de geração distribuída face ao negócio da biomassa, equilibrando os vários pilares em diferentes fases de desenvolvimento". O CEO da empresa sublinha também que a Greenvolt iniciou "um período de maior materialidade da rotação de ativos utility scale, e um incremento substancial na atividade de implementação de projetos de Geração Distribuída".

Por último, o gestor assinala que na segunda metade do ano a empresa estima "intensificar os vários processos de rotação de ativos, aumentar o pipeline Ready to Build até 2,9 GW até ao final do ano, continuar a melhorar o desempenho da Biomassa e consolidar e expandir o segmento de Geração Distribuída".


A dívida financeira líquida totalizava 561,8 milhões de euros, tendo a empresa contratado 367 milhões de euros de dívida nos primeiros seis meses do ano. O custo médio da dívida é de 4,5%, acrescenta a empresa.
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