Notícia
Governo admite rever em baixa capacidade do próximo leilão eólico "offshore"
"Estavam inicialmente previstos os 10 GW, depois passaram para 2 GW. Estamos a tentar baixar para que o valor não tenha tanta reflexão nos custos no consumidor", disse a ministra do Ambiente e Energia.
27 de Maio de 2024 às 12:18
O Governo admite rever em baixa a capacidade do leilão eólico 'offshore', que deverá lançar em julho, de modo a reduzir custos para os consumidores, revelou esta segunda-feira a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Em declarações aos jornalistas à margem da Cimeira de Energia de Lisboa, que decorre entre hoje e quarta-feira na Feira Internacional de Lisboa, em Lisboa, Maria da Graça Carvalho indicou que o Governo prevê anunciar em julho o lançamento do leilão eólico 'offshore' (no mar).
A governante admitiu que a capacidade será revista "em baixo" face ao perspetivado pelo anterior executivo.
"Estavam inicialmente previstos os 10 gigawatts (GW), depois passaram para 2 GW. Estamos a tentar baixar para que o valor não tenha tanta reflexão nos custos no consumidor", disse.
Maria da Graça Carvalho explicou que o executivo está "a estudar com a REN e a ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] o cenário e o valor, a quantidade".
"Queremos acompanhar esta tecnologia, mas não numa dimensão que tenha um custo proibitivo. Queremos que seja acessível, mas não tão pequeno, que não permita estudar o efeito num desenvolvimento tecnológico e industrial em Portugal. É nesse balanço que estamos a ver o valor ótimo para lançar o leilão", explicou.
O Governo tinha assumido a ambição de atingir uma capacidade instalada de eólico 'offshore' de 10 GW em 2030, a atribuir por leilão, mas posteriormente reviu em baixa a capacidade para 2 GW.
Em 31 de outubro, o anterior Governo anunciou a abertura da etapa inicial do procedimento concursal para desenvolver centros eletroprodutores baseados em eólicas 'offshore', tendo sido concluída a fase de diálogo com as empresas que manifestaram interesse.
O objetivo era "acelerar a incorporação de fontes de energia renovável na produção de eletricidade e robustecer a segurança de abastecimento, está em curso um procedimento concorrencial para a instalação e exploração de centros electroprodutores baseados em fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânica (eólicas offshore)".
Segundo a pasta de transição organizada pelo anterior executivo, "a fase de pré-qualificação e licitação deverá ser iniciada ainda durante o 1.º semestre do ano, assim que sejam definidos os termos do leilão, com base nos contributos do grupo de trabalho técnico criado para o efeito".
Questionada sobre se estão previstas outras revisões das metas do Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC), Maria da Graça Carvalho adiantou que "as metas gerais vão manter-se", mas o Governo está "a fazer as contas, sempre no princípio de que não se vai traduzir num custo para o consumidores".
Neste sentido, admitiu também uma ligeira revisão em baixa na meta estabelecida para o hidrogénio: "queremos acompanhar com uma dimensão que seja mais adequada", disse.
Em declarações aos jornalistas à margem da Cimeira de Energia de Lisboa, que decorre entre hoje e quarta-feira na Feira Internacional de Lisboa, em Lisboa, Maria da Graça Carvalho indicou que o Governo prevê anunciar em julho o lançamento do leilão eólico 'offshore' (no mar).
"Estavam inicialmente previstos os 10 gigawatts (GW), depois passaram para 2 GW. Estamos a tentar baixar para que o valor não tenha tanta reflexão nos custos no consumidor", disse.
Maria da Graça Carvalho explicou que o executivo está "a estudar com a REN e a ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] o cenário e o valor, a quantidade".
"Queremos acompanhar esta tecnologia, mas não numa dimensão que tenha um custo proibitivo. Queremos que seja acessível, mas não tão pequeno, que não permita estudar o efeito num desenvolvimento tecnológico e industrial em Portugal. É nesse balanço que estamos a ver o valor ótimo para lançar o leilão", explicou.
O Governo tinha assumido a ambição de atingir uma capacidade instalada de eólico 'offshore' de 10 GW em 2030, a atribuir por leilão, mas posteriormente reviu em baixa a capacidade para 2 GW.
Em 31 de outubro, o anterior Governo anunciou a abertura da etapa inicial do procedimento concursal para desenvolver centros eletroprodutores baseados em eólicas 'offshore', tendo sido concluída a fase de diálogo com as empresas que manifestaram interesse.
O objetivo era "acelerar a incorporação de fontes de energia renovável na produção de eletricidade e robustecer a segurança de abastecimento, está em curso um procedimento concorrencial para a instalação e exploração de centros electroprodutores baseados em fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânica (eólicas offshore)".
Segundo a pasta de transição organizada pelo anterior executivo, "a fase de pré-qualificação e licitação deverá ser iniciada ainda durante o 1.º semestre do ano, assim que sejam definidos os termos do leilão, com base nos contributos do grupo de trabalho técnico criado para o efeito".
Questionada sobre se estão previstas outras revisões das metas do Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC), Maria da Graça Carvalho adiantou que "as metas gerais vão manter-se", mas o Governo está "a fazer as contas, sempre no princípio de que não se vai traduzir num custo para o consumidores".
Neste sentido, admitiu também uma ligeira revisão em baixa na meta estabelecida para o hidrogénio: "queremos acompanhar com uma dimensão que seja mais adequada", disse.