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Equinor desiste do éolico offshore em Portugal e Espanha
A empresa estatal noruguesa era uma das concorrentes ao primeiro leilão de energias eólica offshore em Portugal e revela que a desistência é devido ao aumento dos custos no setor.
A empresa norueguesa de energia Equinor cancelou projetos de energia eólica marítima em Portugal e Espanha, somando a Península Ibérica à saída, já anunciada, do Vietname. A empresa poderá ainda sair de mais países para controlar os gastos.
"Temos procurado ativamente oportunidades em fase inicial numa série de mercados em todo o mundo, em diferentes geografias, e confirmamos que estamos a sair do Vietname, Espanha e Portugal", revelou o responsável de energias renováveis da Equinor, Paal Eitrheim, em entrevista à Reuters.
A estatal norueguesa necessita de priorizar o acesso a capital mais do que antes, dado o aumento dos custos no setor de energia eólica, devido à inflação, aumento das taxas de juro e atrasos no fornecimento de equipamento.
"Está a ficar cada vez mais e mais caro, e pensamos que os projetos vão demorar mais tempo em alguns mercados por todo o mundo", acrescentou o responsável, referindo ainda que tal pode significar que a Equinor deixe de operar noutras regiões.
Paal Eitrheim não divulgou à Reuters, no entanto, qual a capacidade planeada da empresa tanto para Espanha, como para Portugal.
A Equinor foi uma das 50 empresas que formalizaram a sua manifestação de interesse no primeiro leilão de eólicas "offshore". A Pasta de Transição Pública do Executivo de António Costa dava conta que a seguinte fase de pré-qualificação e licitação deste procedimento concursal deveria avançar até junho.
Na altura, em março, estava já concluído o diálogo com as empresas nacionais e internacionais que integram os 49 consórcios.
Já no final de maio, o novo Governo, através da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, admitiu rever em baixa a capacidade do leilão eólico 'offshore', que deveria ser lançado em julho.