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Goldenenergy condenada a coima de 50 mil euros

O regulador energético considerou que a Goldenenergy não cumpriu os níveis mínimos de atendimento comercial aos seus clientes. A ERSE exige ainda que seja encontrada uma solução nesse sentido.

Miguel Baltazar/Negócios
12 de Janeiro de 2016 às 15:50
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A Goldenenergy foi condenada ao pagamento de 50 mil euros. A decisão da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) deve-se ao "incumprimento dos níveis mínimos de atendimento comercial aos clientes".

Em comunicado divulgado esta terça-feira, 12 de Janeiro, o regulador liderado por Vítor Santos exige ainda "a adopção de medidas que visem assegurar um serviço de atendimento telefónico correctamente dimensionado".

A ERSE recebeu, ao longo do último ano, reclamações de consumidores da Goldenenergy. Os mesmos davam conta que o serviço de atendimento a clientes da empresa evidenciava condições que os impediam de "ver assegurado um nível mínimo de acesso à informação que lhes diz respeito".


Além do pagamento da sanção, a Goldenergy vê-se agora obrigada a comunicar ao regulador, todos os meses, como está a ser adoptada a exigência de um serviço de atendimento telefónico "correctamente dimensionado".


Esta obrigação termina quando o regulador tiver "a evidência" que o serviço de atendimento telefónico prestado pela Goldenergy se encontra "em níveis próximos do que é assegurado pelos comercializadores de último recurso".


Tal, explica o regulador no referido comunicado, permitirá "aos actuais e futuros clientes efectivar o direito à informação sobre o fornecimento que lhes é efectuado".


A ERSE irá ainda, ao longo deste primeiro semestre, proceder a uma revisão do Regulamento da Qualidade de Serviço de cada um dos sectores da sua competência. A mesma incluirá a criação de um mecanismo que permita aos consumidores serem compensados sempre que os níveis de atendimento do comercializador não atinjam os padrões considerados mínimos.


A Goldenergy nasceu em 2008 e conta com 250 mil clientes. Em 2014, facturou 100 milhões de euros. É no mercado de gás natural que a Goldenergy tem mais peso, com 23,5% de quota em número de clientes.

Contactado pelo Negócios, o CEO da Goldenergy, Nuno Afonso Moreira (na foto), esclareceu que este caso diz respeito a reclamações de 2014, tendo a empresa sido notificada pela ERSE nesse sentido em Fevereiro do último ano.

As mesmas queixas são relativas em "exclusivo ao atendimento telefónico". "Refutámos e contestámos essas reclamações, dizendo que não representavam um universo razoável", posicionou Nuno Afonso Moreira.

"Estamos muito tranquilos em relação à nossa capacidade de atendimento", acrescentou. Questionado sobre se a empresa irá contestar o pagamento da coima de 50 mil euros, o CEO explica que terá de se "analisar e perceber de que forma está feita a culpa. Claro que existe essa possibilidade".


(Notícia actualizada às 17:46 com declarações do CEO da Goldenenergy)

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