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Gás natural atinge preços mais baixos desde novembro de 2021

Os contratos futuros de referência caíram até 11% esta quarta-feira para 64,22 euros por MWh, o valor mais baixo desde novembro de 2021, de acordo com a Bloomberg.

PAWEL SUPERNAK/EPA
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Os preços do gás natural na Europa recuaram para níveis pré-guerra, com os contratos futuros de referência a caírem até 11% graças às temperaturas invulgarmente altas que se fazem sentir neste mês de janeiro de 2023 por todo o continente e que aliviaram os receios de uma crise prolongada do lado do fornecimento, avança a Bloomberg. 

O gás natural negociado a um mês no índice holandês TTF, que serve de referência para os mercados europeus, estava esta quinta-feira nos 63,55 euros por megawatt-hora (MWh), depois de no dia anterior ter chegado a valores mínimos desde novembro de 2021, em torno dos 64 euros por MWh.

Depois de um ano de 2022 em que se bateram todos os recordes nos preços do gás natural, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, uma tendência de queda nas cotações do gás -- com os preços a registarem mesmo uma queda acentuada -- tem vindo a registar-se desde meados de dezembro.

Este cenário, aliado a temperaturas amenas durante o inverno, seria ideal para os países europeus, já que aliviaria a inflação crescente na região e permitiria manter as reservas de gás sem exigir grandes esforços de reabastecimento durante o resto do ano, escreve a Bloomberg. 

Além disso, reforça a agência de notícias, "os locais de armazenamento ainda estão quase 84% cheios e a procura moderada o período natalício e de Ano Novo permitiu redobrar os esforços de reserva. Essas reservas ajudarão a Europa a resistir uma eventual onda de frio no final do inverno e reduzirá o défice de abastecimentos de gás a partir da Rússia". 

A ajudar a este contexto, a geração eólica também tem vindo a aumentar, atingindo um recorde na Alemanha esta quarta-feira, reduzindo assim o recurso ao gás natural para  produzir eletricidade.

Os meteorologistas preveem o mês de janeiro mais quente em décadas, o que leva obrigatoriamente a menores consumos energéticos e a uma maior poupança de gás. Ainda assim, permanecem algumas preocupações relativamente a um possível aperto do mercado.

"Dadas as circunstâncias, a Europa não podia ter pedido por uma melhor situação a caminho deste inverno", apontou o analista Warren Patterson, do ING, em declarações à Bloomberg.

"Ainda assim, é vital que a região permaneça cautelosa à medida que a Europa tenta terminar o inverno com os níveis de armazenamento o mais elevado possível dadas as expectativas de uma redução dos fluxos de gás no próximo ano", completou.
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