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Galp prevê furar no mar do Alentejo já este ano (act.)

O furo de pesquisa na bacia do Alentejo que estava previsto para 2016 poderá ter lugar a partir de Abril deste ano.

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21 de Fevereiro de 2017 às 11:42
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A Galp pode furar na bacia do Alentejo ainda este ano. O consórcio formado pela italiana Eni (operadora) e a petrolífera nacional tinha previsto realizar o furo em 2016, mas acabou por suspender a operação.

Durante o Capital Markets Day que está a ter lugar esta terça-feira, 21 de Fevereiro, em Londres, o director executivo para o petróleo da Galp, Thore Kristiansen começou por apontar que a perfuração iria ter lugar no próximo ano. "Possivelmente vamos furar em Portugal pela primeira vez no próximo ano, no que vai ser o primeiro poço em águas profundas do país".

Mas, mais tarde, em conferência de imprensa com os jornalistas, o presidente executivo da Galp admitiu que o furo pode vir a ter lugar já este ano. "A operação de perfuração será feita quando todas as condições estiverem reunidas. Será em 2017 se for compatível com as condições do mar. Se não for, faremos em 2018", disse Carlos Gomes da Silva num encontro com jornalistas em Londres após o Capital Markets Day.

O gestor sublinhou que o furo poderá ter início em Abril ou Maio e deverá demorar entre 45 a 60 dias, sendo que as condições do mar só permitem realizar a operação entre Abril e Junho. A título de exemplo, a empresa sublinhou que efectuou 26 furos no Brasil e 10 em Angola no ano passado, e que o furo em Portugal será feito com o "mesmo rigor".

O consórcio obteve autorização para perfurar em Janeiro pela Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM). Segundo esta autorização, a companhia tem assim até 10 de Janeiro de 2019 para realizar o furo no espaço de 60 dias.

A profundidade inicial vai ser de 1.070 metros, e o furo vai ter lugar entre os 2.500 metros e os 3.000 metros. O furo vai ser feito a 46,5 quilómetros ao largo de Aljezur na bacia do Alentejo.

A Eni e a Galp têm de enviar à DGRM e à Direcção-Geral de Autoridade Marítima (DGAM) o cronograma dos trabalhos até 10 dias antes do início da operação para arrancar com a sondagem.

Recorde-se que a Galp cancelou o seu furo previsto para 2016 depois de a Direcção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marinhos (DGRM) ter prolongado em mais de um mês a consulta pública. Este adiamento obrigava o consórcio a fazer o furo mais tarde do que o previsto, ou seja, a partir de Outubro quando as condições meteorológicas e marítimas não iriam permitir fazer prospecção em condições, o que obrigava a adiar o furo para a Primavera do ano seguinte.

* O jornalista em Londres a convite da Galp

(Notícia actualizada: A peça original indicava que o furo no Alentejo poderia ter lugar no próximo ano, segundo declarações do responsável da Galp, Thore Kristiansen. Mas mais tarde, o presidente executivo da Galp, Carlos Gomes da Silva, admitiu que o furo pode ter lugar já este ano).

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