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Galp ficou de fora do leilão de petróleo no Brasil

O leilão gerou a receita mais elevada de sempre: mil milhões de euros. A Galp estava qualificada mas o leilão terminou sem a petrolífera nacional arrematar nenhum bloco no Brasil.

A Galp Energia é uma das empresas que recolhe a confiança dos gestores na bolsa lisboeta. Os fundos mantinham 7,5% do capital alocado na petrolífera, uma aposta que se tem revelado certeira. A empresa sobe mais de 13% na bolsa, em 2018.
Galp
28 de Setembro de 2017 às 12:02
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O Governo brasileiro arrecadou um valor recorde no leilão de atribuição de blocos para exploração de petróleo e gás natural no Brasil. A 14ª ronda teve lugar na quinta-feira, 27 de Setembro, e terminou com o Executivo de Michel Temer a arrecadar uma receita de 3.800 milhões de reais (cerca de mil milhões de euros).

A oferta mais elevada atingiu os 2.240 milhões de reais (quase 600 milhões de euros) pelo bloco C-M-346 pelo consórcio formado pela brasileira Petrobras e norte-americana Exxon.

Apesar de estar qualificada, o leilão chegou ao fim com a Galp a não arrematar nenhum bloco brasileiro de petróleo. O Brasil representa mais de 92,5% (82 mil barris diários) da produção total de petróleo e gás da empresa, com o resto a pertencer a Angola.

A Exxon, maior petrolífera mundial, ganhou também dois blocos nas bacias de Campos e de Sergipe-Alagoas.

O leilão terminou com a participação de 20 empresas de oito países, com 17 a arrematarem blocos, 10 brasileiras e sete estrangeiras. Os blocos arrematados estão distribuídos em 16 sectores de oito bacias sedimentares: Parnaíba, Potiguar, Santos, Recôncavo, Paraná, Espírito Santo, Sergipe-Alagoas e Campos.

A Galp também já está qualificada para participar nos dois leilões de blocos no pré-sal que vão ter lugar no final de Outubro no Brasil, e estes poderão gerar maior interesse para a petrolífera, pois vão ser licitadas áreas adjacentes às áreas onde a Galp já explora petróleo.

Analisando os leilões de Outubro, o Haitong considera que "provalvemente" a Galp virá a "conquistar os seus alvos principais", mas o banco alerta que a concorrência deverá ser feroz.

Em relação às áreas mais desejadas, o Haitong aponta que a petrolífera nacional pode vir a fazer uma oferta pela área adjacente a Carcará, onde já está presente.

O presidente da Galp, Carlos Gomes da Silva, também já assinalou que a área de Carcará Norte era a mais apetecível para a petrolífera. "Estamos a preparar-nos para as áreas em redor dos nossos activos actuais, que conhecemos muito bem". O líder da companhia exemplificou com a "área norte" do bloco BMS 8. "É uma das áreas chave para nos candidatarmos", assumiu o gestor em Maio.
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