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Galp falha estimativas com queda de 52% dos lucros

A petrolífera teve lucros de 101 milhões de euros entre julho e setembro, quando os analistas antecipavam um total de cerca de 145 milhões.

João Santos/Correio da Manhã
22 de Outubro de 2019 às 07:11
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A Galp Energia fechou o terceiro trimestre deste ano com lucros de 101 milhões de euros, o que traduz uma descida de 52% face ao resultado líquido de 212 milhões de euros registado no mesmo período do ano passado.

O resultado fica muito aquém das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam lucros de 145,5 milhões de euros, menos 31,3% do que no período homólogo.

Já o resultado líquido IFRS – que contempla efeitos de stock e eventos não recorrentes – foi de 60 milhões de euros, considerando eventos não recorrentes negativos de 17 milhões e um efeito de stock de 24 milhões.

Considerando os primeiros nove meses do ano, a Galp teve lucros de 403 milhões de euros, 33% menos do que os 598 milhões arrecadados no período homólogo de 2018.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva detalha que, apesar da descida dos preços do petróleo no terceiro trimestre, o EBITDA da área da exploração e produção aumentou 18% para 469 milhões de euros "beneficiando do aumento de produção, assim como da apreciação do Dólar face ao Euro".

Este desempenho ajudou a equilibrar os resultados operacionais e a compensar parcialmente as quebras observadas na área da refinação e distribuição, num período em que o sistema refinador da empresa esteve condicionado "nomeadamente com a implementação de projetos de eficiência energética e intervenções de manutenção programada", como justifica a Galp.

Nesta área, o EBITDA desceu 47% para 104 milhões de euros, mas a empresa adianta que, neste momento, "o aparelho refinador da Galp encontra-se plenamente operacional e pronto a enfrentar os desafios que tem pela frente".

Na área de Gas & Power, o EBITDA decresceu 16% para os 37 milhões de euros, refletindo os menores volumes de gás natural vendidos, "nomeadamente após o término dos contratos estruturados de GNL".

A 30 de setembro de 2019, a dívida líquida situava-se em 1.645 milhões, 92 milhões abaixo do valor no fecho de 2018, refletindo a geração de caixa positiva da empresa nos primeiros nove meses do ano. Já o investimento diminuiu marginalmente para os 573 milhões até setembro, quando comparado com o mesmo período de 2018, sendo que 73% deste valor foi alocado aos projetos de exploração e produção.

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