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"A palavra-chave para Portugal é estabilidade", defende Confederação do Turismo

Líder da confederação do setor diz ao Negócios que "questões estruturais" como privatização da TAP e novo aeroporto não poderiam ficar suspensas numa altura crítica.

Francisco Calheiros diz que "fica tudo por fazer" Vítor Mota
13 de Março de 2025 às 23:21
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Com o Parlamento dissolvido e eleições marcadas para 18 de maio, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal só pede estabilidade para o que se segue. E Francisco Calheiros admite também alguma preocupação

"Qual é a palavra-chave? Portugal precisa muito de investimento, mas a palavra-chave é estabilidade", diz Francisco Calheiros ao Negócios durante a BTL, que decorre até domingo. E essa estabilidade, segundo o presidente da Confederação do Turismo, é afetada por questões estruturais como privatização da TAP, novo aeroporto e ferrovia. 

"O que acontece à privatização da TAP? Para. O novo aeroporto? Para. Ferrovia? Para. Não ganhamos nada com isto", enumera Calheiros. "O impacto no turismo não é direto porque ninguém vai deixar de marcar férias em Portugal por causa das eleições. O drama é a questão estrutural e aquilo que fica atrasado"

"Estou preocupado. Era tudo o que nós não precisávamos, que houvesse queda do Governo e novas eleições". E Francisco Calheiros vai mais longe, afirmando que "nada pode ser pior que uma crise política, porque a economia e as empresas param" por falta de acompanhamento. 

"O que acontece à privatização da TAP? Para. O novo aeroporto? Para. Ferrovia? Para.Francisco CalheirosPresidente da Confederação do Turismo de Portugal

O presidente da confederação do setor faz mesmo questão de vincar na conversa: "mandámos abaixo um Governo de maioria absoluta e menos de um ano depois cai outra vez o Governo. Fica tudo por fazer. O Governo está em gestão. O que é que isso quer dizer? Que não pode ser proativo".

Em matéria política, Francisco Calheiros assume que a concertação social ainda não se reuniu, mas não está "à espera que se venha a revisitar aquele acordo da competitividade e rendimentos em que se ia analisar a legislação laboral". Por agora, a sugestão é "esperar" com a eleição de um novo Executivo e depois dar nota do que ficou por fazer nos dossiês importantes. 

"Não vislumbro, infelizmente, que haja uma alteração significativa ao atual espectro eleitorial. Não vejo, por exemplo, um partido ter maioria absoluta. É uma crise que dispensávamos", declara. 

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