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Galp aumenta produção de petróleo em 21% no terceiro trimestre
O crescimento da atividade tanto no Brasil como em Angola permitiu à Galp aumentar a produção de petróleo em 21% no terceiro trimestre, período marcado por quebras na área da refinação e distribuição.
A Galp Energia aumentou a sua produção de petróleo em 21% no terceiro trimestre deste ano, face aos mesmos três meses do ano passado, um período marcado por uma descida homóloga de 18% nos preços do Brent.
De acordo com os dados preliminares revelados esta terça-feira, 8 de outubro, à CMVM, o indicador de produção "working interest" – que diz respeito à produção bruta de matéria-prima, sobretudo petróleo, e que inclui todos os custos decorrentes das operações – registou uma subida de 21% face ao terceiro trimestre do ano passado, fixando-se nos 125,5 mil barris por dia.
Face aos três meses anteriores, a produção da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva avançou 12%.
No que respeita à produção "net entitlement" o aumento foi igualmente de 21% para 124 mil barris por dia, com o Brasil a ser responsável pela fatia de leão: 111,3 mil barris, um valor que traduz um aumento de 17% em relação ao mesmo trimestre de 2018. Já a produção em Angola cresceu 72% para 12,7 mil barris.
No comunicado, a empresa justifica este crescimento com o "contínuo ramp-up do Bloco 32, em Angola, e do campo de Lula, no Brasil, onde a FPSO Lula Extremo Sul atingiu o plateau de produção de petróleo".
Os dados revelados pela Galp no "trading update" referem-se ao terceiro trimestre deste ano, em que a cotação média do Brent foi de 62 dólares por barril, menos 18% face ao preço médio de 75,2 dólares registado no mesmo período do ano passado.
Ao contrário da área de exploração e produção, a refinação e distribuição registou quebras no terceiro trimestre, explicadas pela empresa com operações de manutenção planeadas na refinaria de Sines, assim como "restrições operacionais que resultaram na menor utilização das unidades de conversão da refinaria" . Com a margem de refinação a cair 33%, em termos homólogos, as matérias-primas processadas desceram 26% e as vendas de produtos refinados diminuíram 13%.
Relativamente ao ramo de gás natural e energia, as vendas totais de gás natural ou gás natural liquefeito desceram 11% e as vendas a clientes diretos diminuíram 6%, "principalmente devido aos menores volumes vendidos nos segmentos electroprodutor e industrial", justifica a Galp.
Os resultados da empresa relativos ao terceiro trimestre deste ano serão divulgados ao mercado no próximo dia 22 de outubro.