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Galp arranca 2022 com quebras na venda de combustíveis

No primeiro trimestre do ano, a petrolífera portuguesa registou uma diminuição na venda de combustíveis, contudo aumentou, em termos homólogos e em relação ao trimestre anterior, a produção de petróleo.

A Galp Energia, liderada por Andy Brown, fechou o primeiro trimestre do ano com uma escalada de 35%, suportada pelos máximos do petróleo.
António Pedro Santos/Lusa
13 de Abril de 2022 às 08:03
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A Galp Energia revelou esta manhã o "trading update" do primeiro trimestre do ano, marcado pela invasão militar da Ucrânia. Neste período, a petrolífera portuguesa registou uma evolução positiva, ainda que ligeira, na produção total participada, de 5% em relação ao trimestre anterior e em termos homólogos.

Houve um recuo de 10% na venda de combustíveis em relação aos últimos três meses de 2021. Contudo, em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando o país estava em confinamento, os valores subiram 25%. Por outro lado, a empresa aumentou as vendas na eletricidade e no gás natural, 2% e 24% respetivamente face ao trimestre anterior e 20% e 13% em termos homólogos.

O comunicado enviado à CMVM mostra os fortes condicionamentos do setor provocados pela crise nas matérias-primas, com a Galp a justificar com a conjuntura a quebra na venda de combustíveis, na parte comercial, e o facto da comercialização e oferta de gás ter caído 19% em termos homólogos, apesar de uma leva subida de 3% em relação ao trimestre anterior, no capítulo da gestão industrial e de energia.

Nos primeiros três meses de 2022, a produção de petróleo da Galp atingiu 129,5 mil barris por dia em termos líquidos. No Brasil, que representa a grande parte da atividade da empresa no "upstream", a produção "net entitlement" avançou 6% em termos homólogos, sendo que em Angola houve uma queda de 9%, em linha com a tendência que já vinha do ano passado.

Na área de refinação e "midstream" a Galp Energia registou as matérias-primas processadas a subirem 10% contra o período homólogo. Já a margem de refinação consolidou-se em terreno positivo. Subiu de 5,6 dólares por barril no terceiro trimestre para 6,8 dólares.

Por fim, na unidade de renováveis e novos negócios, a empresa arrancou o ano com 1.012 MW de capacidade instalada, com uma geração de energia de 243 GWh. A Galp justifica os valores, superiores tanto em termos homólogos como em relação ao trimestre anterior, com uma "maior irradiação e disponibilidade das centrais, bem como com os novos 50 MW de energia solar comprados em Espanha no início de março".

A empresa estima que a sua dívida líquida se mantenha em linha com o final de 2021. A Galp Energia vai divulgar os resultados finais do primeiro trimestre a 3 de maio.

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