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G7 da Abengoa procura mais bancos para futuras injecções de liquidez

As entidades financeiras credoras da empresa espanhola Abengoa, grupo denominado de G7, estão à procura de mais bancos para as próximas injecções de liquidez na empresa. Estas entidades já injectaram um total de 106 milhões de euros.

Bloomberg
29 de Dezembro de 2015 às 15:52
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Santander, Bankia, CaixaBank, Popular, Sabadell, Crédit Agricole e HSBC, denominados G7 da Abengoa, já injectaram um total de 106 milhões de euros na empresa e não estão dispostas a suportar todo o peso das futuras injecções de liquidez que a Abengoa vai necessitar, escreve esta terça-feira, 29 de Dezembro, o jornal espanhol Cinco Días.

 

Este grupo de credores que tem liderado as negociações para procurar uma saída da situação de pré-falência da empresa de energias renováveis, juntamente com o Instituto de Crédito Oficial, conseguiu na semana passada dar à Abengoa um balão de oxigénio de um total de 106 milhões de euros, a liquidez mínima para que o grupo conseguisse manter a sua actividade e pagar os salários de Dezembro.

 

O Cinco Días diz que as outras instituições financeiras que podem vir a injectar liquidez na Abengoa são o Bankinter, o Nedbank, o Natixis, o Citi, o Sumitomo Mitsui, o BTG Pactual e o Mashreq.

Altamente endividada, devido aos investimentos nas renováveis que fez nos quatro cantos do mundo, a Abengoa entrou há um ano numa crise de credibilidade e arrisca ser a maior falência de sempre em Espanha.

 

As negociações entre a Abengoa e os bancos credores tiveram início a 9 de Dezembro, após a empresa de energias renováveis ter iniciado um processo de reestruturação para evitar a sua falência.


A Abengoa, que tinha pedido protecção de credores a 26 de Novembro, tem mais de nove mil milhões de euros em dívida financeira e estima que as necessidades de liquidez para os próximos quatro meses ascendam a 450 milhões de euros.

A empresa nasceu em 1941 com o objectivo de fabricar contadores eléctricos, ainda que a situação económica da época tenha impedido o projecto. A Abengoa começou então a dedicar-se à elaboração de estudos técnicos e montagens eléctricas. Depois dos anos 50, a empresa sevilhana estendeu-se ao resto da Andaluzia e posteriormente a todo o território espanhol. Nos anos 60 iniciou o seu processo de internacionalização.

 

Actualmente a Abengoa desenvolve o seu negócio nos sectores da energia e ambiente através das actividades de construção e engenharia. A empresa está presente em mais de 80 países.

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