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G7 da Abengoa procura mais bancos para futuras injecções de liquidez
As entidades financeiras credoras da empresa espanhola Abengoa, grupo denominado de G7, estão à procura de mais bancos para as próximas injecções de liquidez na empresa. Estas entidades já injectaram um total de 106 milhões de euros.
Santander, Bankia, CaixaBank, Popular, Sabadell, Crédit Agricole e HSBC, denominados G7 da Abengoa, já injectaram um total de 106 milhões de euros na empresa e não estão dispostas a suportar todo o peso das futuras injecções de liquidez que a Abengoa vai necessitar, escreve esta terça-feira, 29 de Dezembro, o jornal espanhol Cinco Días.
Este grupo de credores que tem liderado as negociações para procurar uma saída da situação de pré-falência da empresa de energias renováveis, juntamente com o Instituto de Crédito Oficial, conseguiu na semana passada dar à Abengoa um balão de oxigénio de um total de 106 milhões de euros, a liquidez mínima para que o grupo conseguisse manter a sua actividade e pagar os salários de Dezembro.
O Cinco Días diz que as outras instituições financeiras que podem vir a injectar liquidez na Abengoa são o Bankinter, o Nedbank, o Natixis, o Citi, o Sumitomo Mitsui, o BTG Pactual e o Mashreq.
Altamente endividada, devido aos investimentos nas renováveis que fez nos quatro cantos do mundo, a Abengoa entrou há um ano numa crise de credibilidade e arrisca ser a maior falência de sempre em Espanha.
As negociações entre a Abengoa e os bancos credores tiveram início a 9 de Dezembro, após a empresa de energias renováveis ter iniciado um processo de reestruturação para evitar a sua falência.
A Abengoa, que tinha pedido protecção de credores a 26 de Novembro, tem mais de nove mil milhões de euros em dívida financeira e estima que as necessidades de liquidez para os próximos quatro meses ascendam a 450 milhões de euros.
A empresa nasceu em 1941 com o objectivo de fabricar contadores eléctricos, ainda que a situação económica da época tenha impedido o projecto. A Abengoa começou então a dedicar-se à elaboração de estudos técnicos e montagens eléctricas. Depois dos anos 50, a empresa sevilhana estendeu-se ao resto da Andaluzia e posteriormente a todo o território espanhol. Nos anos 60 iniciou o seu processo de internacionalização.
Actualmente a Abengoa desenvolve o seu negócio nos sectores da energia e ambiente através das actividades de construção e engenharia. A empresa está presente em mais de 80 países.