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Abengoa analisa plano de viabilidade

O plano para a sobrevivência da Abengoa é analisado esta segunda-feira pelo conselho de administração do grupo. A viabilidade passa pela venda de activos, perdão de dívida e despedimentos.

Bloomberg
Negócios 25 de Janeiro de 2016 às 11:48
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Esta segunda-feira é um dia chave para a Abengoa, o gigante espanhol das energias renováveis que ameaça o país vizinho com a maior falência da sua história.

O conselho de administração do grupo industrial, que emprega mais de 24 mil pessoas, reúne esta segunda-feira para analisar o plano de viabilidade a cinco anos, que deve apresentar aos seus credores, entidades financeiras e obrigacionistas, e à KPMG.

A venda de activos, um perdão de dívida e o despedimento de cerca de 10 mil trabalhadores são algumas das consequências noticiadas pela imprensa espanhola.

O jornal Cinco Dias explica que o que está em jogo é que a empresa tem até ao dia 25 de Março para evitar que os pedidos de pagamento de dívidas por parte dos seus credores conduzam à insolvência, que seria a maior da história de Espanha.

As negociações após o pedido da empresa de pré-protecção de credores, feito ainda em Novembro, têm-se realizado em três frentes, assinala a publicação espanhola. Em primeiro lugar, a empresa, que contratou os serviços da empresa de assessoria Alvarez & Marsal e Lazard. Em segundo, os bancos credores, liderados pelo chamado G7 (Santander, CaixaBank, Bankia, Popular, Sabadell, HSBC e Credit Agricole), em conjunto com a KPMG, a empresa escolhida para conduzir o processo de reestruturação da dívida da empresa. E em terceiro lugar, os obrigacionistas.

No médio prazo, a venda de activos não estratégicos passará não tanto pela venda de subsidiárias mas sim de projectos concretos que não podem autofinanciar-se. O grupo prevê encaixar 1.500 milhões em activos, principalmente os biocombustíveis, que em qualquer caso não aparecerão nos seus planos de negócios, diz o jornal.

A Abengoa espera ainda obter entre 100 e 150 milhões de euros no imediato antes do final de Março,com o desinvestimento no imobiliário, tendo inclusivamente posto à venda a sua sede histórica em Sevilha.


Dos 9.000 milhões de euros que a empresa tem de dívida junto de obrigacionistas e banca, a previsão é reduzir para 3.000 milhões, aplicar um perdão da dívida entre 60% e 80%, e capitalizar-se com a entrada da banca e dos obrigacionistas no capital, como aconteceu com a Pescanova ou com o Bankia.

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