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Fim do carvão em Sines e no Pego: "Adiar um ano teria sido fantástico", defende Mexia

"O fumo do carvão entra na mesma, por Elvas e Badajoz", atirou o ex-CEO da EDP, sem fugir à polémica. "Ser muito voluntarista quando se é um país muito pequeno, não é bom e acaba por sair mais caro", disse Mexia. 

Tiago Sousa Dias
Bárbara Silva barbarasilva@negocios.pt 11 de Janeiro de 2024 às 18:56
Questionado por António Saraiva, ex-presidente da CIP, sobre se o encerramento das centrais a carvão de Sines e do Pego, em 2021, foi a decisão correta e foi tomada pelo Governo e pelas respetivas empresas - EDP e Trustenergy - no momento certo, António Mexia defendeu que esse fechar de portas deveria ter acontecido um ano mais tarde.  

"Face ao impacto da guerra da Ucrânia, adiar um ano teria sido fantástico. Mas na altura não sabíamos que vinha aí a guerra", disse, criticando no entanto a forma como tudo aconteceu. 

"A transição energética é sempre uma transição, não pode ser apenas para alguns, tem de ser consequente e garantindo competitividade à energia. E não tenho a certeza que isso tenha sido incorporado no plano, sobretudo quando olho para Espanha. O fumo do carvão entra na mesma, por Elvas e Badajoz", atirou, sem fugir à polémica, tal como era seu apanágio quando era líder da EDP. 

"Ser muito voluntarista quando se é um país muito pequeno, não é bom e acaba por sair mais caro", disse Mexia. 

Ainda em resposta a Saraiva, que lembrou os tempos em que teve de "resolver" com Mexia alguns problemas entre a EDP e os industriais portugueses, o ex-CEO da elétrica (que ocupou o cargo durante 14 anos, entre 2006 e 2020) frisou os "sobrecustos para o sistema elétrico" gerados pelas renováveis, que sempre beneficiaram as indústrias e sempre foram pagos pelas famílias nas suas faturas da eletricidade.
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