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Espanhola Disa passa a ser o quarto maior operador em Portugal com compra da Prio
A empresa espanhola confirmou hoje a compra da Prio, uma informação que tinha sido ontem apurada pelo Negócios. Assim, o grupo passa a ser o quarto maior "player" em Portugal e em Espanha.
De acordo com o comunicado enviado hoje, a empresa espanhola adquire a rede de postos de combustível da Prio em Portugal (247 bombas de abastecimento), o terminal de armazenamento e a fábrica de biodiesel localizada em Aveiro. Esta notícia tinha sido já avançada ontem pelo Negócios.
Das 247 estações de serviço que compõem a rede agora adquirida pela Disa, 98 são de gestão própria e 149 são geridas por terceiros através de acordos de abastecimento exclusivo. Esta rede de postos de abastecimento conta também com 88 lojas de conveniência, 20 pontos de lavagem automóvel e a comercialização de GPL engarrafado e lubrificantes.
Para além das bombas de combustível tradicional, o acordo garante ainda a aquisição dos 190 pontos de carregamento elétrico instalados pela Prio, em 61 estações de serviço. A compra da Prio adicional 700 empregados ao grupo espanhol, que passa agora a ter 4.500 trabalhadores.
"A extensão dos negócios da Disa em Portugal insere-se na estratégia de expansão geográfica que teve início há três anos", diz a empresa espanhola em comunicado, acrescentando que "a integração da Prio (...) garante a continuidade de todas as atividades que a empresa portuguesa desenvolveu até à data, uma vez que a empresa espanhola assume os compromissos contratuais vigentes com todos os seus clientes e fornecedores".
Desde 2015 que o mercado está a aguardar a venda da Prio. A BP, a Petrin e o Grupo Martins têm sido alguns dos nomes apontados como eventuais interessados pela empresa fundada em 2006 pelos irmãos Carlos e Jorge Martins da Martifer.
Como o Jornal Económico tinha noticiado em junho, a Oxy Capital recebeu sete propostas não vinculativas pela Prio. Fontes do mercado revelaram ao Negócios que a maioria das propostas se situou entre os 100 e os 150 milhões de euros, tendo havido duas superiores que alcançaram quase os 200 milhões de euros.
De fora da corrida ficou a BP, que ao longo de quase estes cinco anos que o processo se arrastou manifestou interesse. Como explicou recentemente Pedro Oliveira, presidente da gasolineira, a BP não apresentou nenhuma proposta pela Prio "porque já não faz sentido", uma vez que já chegaram aos 500 postos em Portugal. "A Prio já não está no nosso radar, seria um ativo redundante", reforçou o responsável no mês passado.