A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresentou esta segunda-feira a sua proposta de tarifas e preços do gás natural para o mercado regulado, que deverão vigorar entre 1 de outubro de 2025 a 30 de setembro de 2026 ("ano gás" 2025/2026) e que "apresentam uma variação tarifária de +4%, face ao ano gás 2024-2025".

Isto para consumos inferiores ou iguais a 10 000 metros cúbicos por ano, ou seja, essencialmente consumidores domésticos. "Estão sujeitos a estas variações os cerca de 440 mil consumidores que permaneciam, no
final de fevereiro de 2025, no mercado regulado", frisa o regulador.

"O impacte na fatura do gás natural (incluindo taxas e impostos), para as tipologias de consumo mais representativas (casal sem filhos e casal com dois filhos), traduz-se num aumento entre os 0,63 e os 0,87 euros na fatura mensal", refere o regulador em comunicado. 

Segundo as contas do regulador, para um casal sem filhos (1.º escalão de consumo, consumo 1.610 kWh/ano) a fatura média mensal a partir de outubro deste ano será de 16,65 euros, mais 63 cêntimos por comparação com a conta de gás de setembro. 

Já para um casal com dois filhos (2.º escalão de consumo, consumo 3.407 kWh/ano), o valor médio mensal aumentará 87 cêntimos para 31,39 euros. 

No mercado livre (1,1 milhões de consumidores), os preços não são ditados pela ERSE, variando entre diferentes comercializadores e dependendo da oferta comercial contratada. No entanto, tanto no mercado regulado como no livre, o preço final da fatura de fornecimento de gás natural inclui as tarifas de acesso às redes de gás que em 2025/2026 aumentarão 30 cêntimos por quilowatt-hora em baixa pressão (consumidores domésticos). 

Os clientes com direito a tarifa social de gás natural "continuam a usufruir de um desconto de 31,2% face aos aos preços de venda a clientes finais do mercado regulado", refere a ERSE.