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EDP põe à venda duas centrais solares no Brasil por 300 milhões

De acordo com o jornal Valor Económico, as duas centrais solares no estado de São Paulo têm um “enterprise value” (incluindo património e dívida líquida) de cerca de 300 milhões de euros.

O CEO da EDP sublinha que a política energética dos EUA é estadual.
Miguel Baltazar
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A EDP colocou à venda duas centrais solares no Brasil, no estado de São Paulo. O negócio diz respeito os mega complexos de produção de energia solar fotovoltaica Pereira Barreto e Novo Oriente, avança o jornal Valor Económico esta segunda-feira. Juntos, os dois projetos têm mais de 500 MW de potência instalada.

De acordo com a notícia, citada pela Bloomberg, as negociações estão ainda numa fase inicial, tendo a consultora BTG Pactual sido contratada para assessorar a elétrica portuguesa na venda. 

O valor dos ativos localizados em São Paulo está estimado entre 268 e 300 milhões de euros (1,6 e 1,8 mil milhões de reais). Além disso, a EDP estará também a negociar a venda das centrais hidroelétricas de Santo António do Jari e Cachoeira Caldeirão, no estado brasileiro de Amapá. 

Segundo o Valor Económico, a EDP não quis comentar o negócio. De acordo com o jornal brasileiro, a venda destas duas centrais solares da EDP no Brasil poderá ser "difícil, já que os cortes na geração de energia eólica e solar impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico estão a aumentar a perceção de risco sobre as empresas de energia renovável.

Em dezembro, o presidente da EDP na América do Sul, João Marques da Cruz, disse que a empresa concentrará os seus investimentos no país nas redes de distribuição e transmissão de eletricidade. No entanto, o solar descentralizado também é uma área em expansão.

Em novembro de 2024, a EDP anunciou a compra de 16 novas centrais de geração solar descentralizada no Brasil ao Grupo Tangipar, num investimento de 35 milhões de euros, que inclui projetos nos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, com uma capacidade total instalada de 44,3 MWp. Destas 16 centrais, cinco já estão concluídas e prevê-se que as restantes estejam em operação em 2025. Até 2026, a empresa prevê atingir cerca de 500 MWp em capacidade instalada solar no Brasil, através de projetos descentralizados.

No que diz respeito aos ativos que agora serão vendidos, foi já há mais de três anos, em outubro de 2021 que a EDP assinalou a inauguração, na cidade brasileira de Pereira Barreto, de um parque solar com o mesmo nome que se tornou na altura no quinto maior do Brasil, com uma potência instalada de 252,29 MW e ocupando uma área total de 455 hectares, o equivalente a 421 campos de futebol cobertos com 600 mil painéis solares. A capacidade anual de geração desta central solar ronda os 547.000 MWh, o suficiente para abastecer uma cidade com 751.970 habitantes


"Pereira Barreto representa a aposta da empresa pela diversificação, neste caso pela energia solar fotovoltaica. O Brasil é um mercado chave para a realização do nosso plano de negócios. A expectativa, inclusive, é inaugurar, a médio e longo prazo, outros projetos similares na região, gerando ainda mais empregos, disse em 2021 Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP e EDP Renováveis.

Já o complexo solar Novo Oriente fica localizado no município de Ilha Solteira, no estado de São Paulo, e tem uma potência instalada de 254,6 MW.  Composto dpor quatro centrais de 40,6 MW e duas de 46 MW, o empreendimento produz energia suficiente para abastecer cerca de 331 mil domicílios.

Este projeto foi anunciado pela EDP em 2022. "Novo Oriente é um dos projetos que reforçam o nosso investimento na expansão da energia solar no Brasil e, assim, consolidamos e ampliamos o nosso portfólio de energia renovável", afirmou nessa altura João Marques da Cruz, CEO da EDP na América do Sul.

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