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EDP paga até 20 milhões a grupo Lena e Odebrecht

António Mexia mandou auditar o plano de barragens, colocando uma especial ênfase na barragem do Baixo Sabor, onde houve pagamentos adicionais às construtoras, segundo revela uma investigação do jornal Público.

É talvez a eleição mais mediática deste ano de entre as cotadas. Já disse, a propósito da sua recondução, que 'tudo depende dos accionistas'. As notícias têm apontado no sentido da sua saída, mas não é certo que isso aconteça. Disso mesmo deu conta, recentemente, o jornal Público. Mais certa é a substituição de Eduardo Catroga como presidente do conselho geral e de supervisão. A assembleia está marcada para 5 de Abril.
Miguel Baltazar
16 de Março de 2018 às 10:23
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O Grupo Lena e a Odebrecht queriam quase 20 milhões de euros do Grupo EDP por gastos adicionais que terão tido pela construção da barragem do Baixo Sabor. A eléctrica não estava disponível para pagar aquele montante. Houve negociações e, efectivamente, foi pago um montante, abaixo do reclamado, por questões que não estavam previstas. Estas são revelações de uma investigação do jornal Público, divulgadas esta sexta-feira, 16 de Março.

 

Esteve em cima da mesa a constituição de um tribunal arbitral para ultrapassar a diferença de opiniões entre a dona da obra e o consórcio luso-brasileiro.

 

Os custos estimados pela EDP para o investimento no Baixo Sabor estavam em 490 milhões. Ficaram em 760 milhões, sendo que, de acordo com o Público, 80% foi para as construtoras. E neste valor estão os 20 milhões reclamados em 2017.

 

Não é divulgado o valor que foi efectivamente pago, mas o montante a que se chegou foi por discussão entre os representantes dos intervenientes. Foi estudada a possibilidade de se recorrer a um tribunal arbitral, mas não foi necessário concretizar a sua consulta.

 

Os custos adicionais são, segundo a eléctrica, devido a atrasos nas obras, por conta de providências cautelares, e trabalhos além do contratualizado.

 

O jornal Público relembra que ambas as empresas estão em processo de investigação. Em Portugal, o Grupo Lena é um dos principais nomes que surge na Operação Marquês, em que várias das suas empresas foram acusadas de crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.

 

O plano de barragens foi alvo de auditorias, a pedido da EDP, com o Público a dizer que foi colocada uma ênfase especial no Baixo Sabor. A eléctrica disse que as auditorias internas e externas foram concluídas.

 

Em Junho do ano passado, o Jornal Económico avançou que estava em curso uma investigação, pelo Ministério Público, pela construção da barragem do Baixo Sabor, que foi aprovada quando estava José Sócrates na liderança do Governo. Em causa estavam suspeitas de corrupção e alegados pagamentos de subornos. 

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