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Demolição da refinaria de Matosinhos vai durar até 2026. Galp admite poeiras e ruído

A demolição da refinaria de Matosinhos começa a 23 de outubro. O início dos trabalhos de demolição vai incidir sobre os tanques de armazenagem, tendo o plano sido aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente. 

Os planos para a refinaria Matosinhos, que vai encerrar este ano, serão decididos pelo novo CEO.
Estela Silva/Lusa
18 de Outubro de 2023 às 14:49
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A Galp anunciou esta quarta-feira que os trabalhos de demolição da antiga refinaria de Matosinhos, encerrada desde 2021, vão avançar a partir do próximo dia 23 de outubro. De acordo com a petrolífera, a duração desta fase em que decorrem as obras de demolição das infraestruturas da refinaria é estimada em dois anos e meio.

Ou seja, deverão estar concluídas apenas em 2026. Nessa altura, e "finalizado o desmantelamento, seguir-se-á a fase de reabilitação ambiental dos solos", informa a Galp. Para já, o início dos trabalhos de demolição vai incidir sobre os tanques de armazenagem, tendo o plano sido aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente. 

A empresa admite que "é natural que um projeto desta dimensão possa, pontualmente, originar a ocorrência de poeiras" e "provocar ruídos que extravasem os limites da refinaria" durante a demolição de infraestruturas de maior dimensão.

Em comunicado, a empresa, que neste momento mantém apenas a refinaria de Sines, diz que a demolição "esta será a face mais visível de um processo de descomissionamento e desmantelamento da antiga refinaria de Matosinhos que se iniciou há cerca de dois anos".

Durante este período, entre 2021 e 2023, decorreram várias operações preparatórias, que incluem a paragem das unidades de processamento (depois de processados os stocks de crude existentes), o processo de limpeza e desgaseificação de todas as unidades processuais, equipamentos e tubagens para garantir a eliminação de hidrocarbonetos e produtos, trabalhos de limpeza em equipamentos e tubagens, e a separação física entre a refinaria a demolir e o parque logístico, que se mantém em funcionamento para assegurar o abastecimento da região norte do país.

Além do licenciamento ambiental, a empresa teve de obter também licenças de demolição, que envolveram pareceres de um conjunto significativo de entidades pública.

Da mesma forma, antes dos trabalhos de demolição a Galp reuniu-se com o Governo, o Município de Matosinhos, entidades reguladoras e licenciadoras, proteção civil e autoridades locais, bem como moradores e associações comerciais da zona envolvente à refinaria.

"Nesses encontros foram apresentadas as linhas gerais do projeto de demolição e respetivo calendário, bem como as medidas que a empresa vai implementar para monitorizar, controlar e mitigar possíveis constrangimentos pontuais que possam ser suscitados na sequência dos trabalhos em curso", acrescenta a petrolífera, que criou entretanto um site dedicado com informações relativas à demolição.
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