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Costa: Portugal e Marrocos com interconexão eléctrica fará baixar factura da energia

O primeiro-ministro cumpre hoje, em Rabat, o segundo e último dia da 13 Cimeira Luso-Marroquina, tendo como tema central o projecto de construção de um cabo para interconexão eléctrica, com 220 quilómetros, entre os dois países.

O primeiro-ministro António Costa encontrou-se com o homólogo marroquino, Saadeddine El Othmani Tiago Petinga/Lusa
05 de Dezembro de 2017 às 07:25
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"O principal desafio que temos é o de estabelecermos a interconexão eléctrica. É uma oportunidade para podermos de uma modo sustentável contribuir para baixar e termos uma melhor factura energética", sustentou António Costa, no final do primeiro dia de cimeira.

Este projecto de investimento para a construção do cabo de interligação eléctrica deve arrancar no primeiro semestre de 2018 e está avaliado entre 500 e 700 milhões de euros, tendo como modelo técnico e financeiro o esquema de operação usado na ligação edificada entre a Holanda e o Reino Unido, que custou cerca de 600 milhões de euros.

No plano técnico, o cabo de interligação eléctrica permitirá a Portugal vender energia a Marrocos em alguns momentos de um determinado dia e, eventualmente, comprar em outras alturas desse mesmo dia. O transporte de energia far-se-á nos dois sentidos", completou o mesmo responsável.

De acordo com os estudos, que se encontram em fase de conclusão, o cabo deverá ligar a zona de Tavira, no Algarve, à cidade marroquina de Tânger.

Ainda segundo António Costa, com a conclusão do cabo de interligação eléctrica, "será reforçada a segurança do abastecimento energético dos dois países, através de uma maior diversificação das fontes de energia".

"A partir de agora é uma responsabilidade dos dois governos criarem o quadro necessário para que surjam os investimentos para a concretização desta obra. Esta é uma das prioridades das relações com Marrocos nos próximos anos", sustentou o primeiro-ministro.

No que respeita ao quadro global de relações económicas entre Portugal e Marrocos, o primeiro-ministro salientou a existência de mais de três centenas de empresas portuguesas com investimentos neste país.

"As exportações para Marrocos têm vindo a subir significativamente e há também investimentos marroquinos em Portugal. Há ainda a possibilidade de empresas marroquinas e portuguesas trabalharem em conjunto em vários países africanos onde estão presentes", acentuou António Costa.

A agenda de hoje de António Costa em Rabat será quase totalmente dedicada à cooperação económica, começando o dia com um pequeno-almoço com empresários portugueses.

Logo depois, o primeiro-ministro português fará uma intervenção na abertura do fórum empresarial luso-marroquino.

A reunião plenária entre os dois governos terá início a meio da manhã, tendo uma duração de cerca de uma hora, finda a qual está prevista a assinatura de acordos bilaterais.

Antes de regressar a Lisboa, António Costa marcará ainda presença num almoço empresarial, que decorrerá na sede do Tesouro Geral do Reino de Marrocos.
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