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Primeiro-ministro hoje em Rabat na 13ª Cimeira Luso-Marroquina

O primeiro-ministro estará hoje e terça-feira em Rabat, para participar na 13ª Cimeira Luso-Marroquina, numa agenda em que predominam as questões económicas, sobretudo no domínio da energia, e de segurança, como a prevenção e combate ao terrorismo.

Miguel Baltazar
04 de Dezembro de 2017 às 07:18
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Com António Costa viajam também para a capital política marroquina os ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do Mar, Ana Paula Vitorino, assim com os secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, e da Energia, Jorge Seguro Sanches.

A delegação portuguesa integra ainda os presidentes da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques, do Instituto Camões, Luís Faro Ramos, e da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), Pedro Silva Dias.

Hoje, o primeiro ponto do programa do líder do executivo português ocorrerá ao início da tarde, quando se deslocar ao mausoléu imperial para depor uma coroa de flores nos túmulos dos reis Mohammed V e Hassan, II (avô e pai do atual monarca Mohammed VI).

Neste primeiro dia, em paralelo com os encontros sectoriais entre membros dos dois governos, António Costa encontra-se a sós com o seu homólogo marroquino, Saadeddine El Othmani, no final do qual estão previstas declarações à imprensa.

Tal como há 15 dias em Tunes, por ocasião da Cimeira Luso-Tunisina, a agenda de António Costa em Rabat terá sobretudo uma componente institucional e política na segunda-feira, e uma natureza eminentemente económica na terça-feira.

As principais prioridades para esta cimeira, pela parte portuguesa, passam pelo reforço da segurança, sobretudo ao nível da prevenção e combate ao terrorismo - um tema considerado central para o Reino de Marrocos - e pelo reforço das relações económicas e empresariais no plano bilateral.

No campo da energia, os governos português e marroquino estão a concluir os estudos para iniciar durante o primeiro semestre de 2018 a construção de um cabo de interligação eléctrica entre os dois países, que terá uma extensão de 220 quilómetros.

Este projecto de investimento para a construção do cabo de interligação eléctrica está avaliado entre 500 e 700 milhões de euros, tendo como modelo técnico e financeiro o esquema de operação usado na ligação edificada entre a Holanda e o Reino Unido, que custou cerca de 600 milhões de euros.

"No plano técnico, o cabo de interligação eléctrica permitirá a Portugal vender energia a Marrocos em alguns momentos de um determinado dia e, eventualmente, comprar em outras alturas desse mesmo dia. O transporte de energia far-se-á nos dois sentidos", disse à agência Lusa fonte do executivo.

De acordo com os estudos, que se encontram em fase de conclusão, o cabo deverá ligar a zona de Tavira, no Algarve, à cidade marroquina de Tânger.

Em matéria de relações económicas, de acordo com dados do Governo português, mais de 1.300 empresas nacionais estão a exportar para o mercado marroquino, país que registou no ano passado um crescimento económico na ordem dos 4%.

Para o Governo liderado por António Costa, Marrocos é um mercado com "fortes potencialidades de expansão" para os produtos portugueses, sobretudo pela sua proximidade geográfica, e constitui já um importante parceiro comercial".

Marrocos, segundo os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE), foi o décimo cliente de Portugal em 2016.
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