Notícia
China Three Gorges planeia reduzir oferta pela EDP
De acordo com a Bloomberg, os chineses estão a reavaliar a oferta feita pela energética portuguesa e a considerar transações alternativas menos ambiciosas, que excluem os ativos norte-americanos da empresa.
A China Three Gorges está a planear reduzir a sua oferta pela EDP, devido a preocupações com obstáculos políticos ao negócio e com a própria avaliação da empresa, avança a Bloomberg, que cita fontes próximas do processo.
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada em maio do ano passado, foi de 3,26 euros por ação, avaliando a operação em cerca de 9,1 mil milhões de euros.
Agora, de acordo com a agência noticiosa, a China Three Gorges está a avaliar transações alternativas menos ambiciosas, que excluem os ativos norte-americanos da EDP. Isto porque estes ativos são os que tem mais probabilidade de desencadear a oposição dos reguladores.
Segundo as fontes citadas pela Bloomberg, a Three Gorges estará a considerar investir em alguns ativos brasileiros da EDP ou formar uma joint venture no país. As opções estão a se estudadas pelos chineses, e ainda não foi tomada nenhuma decisão.
A notícia é avançada depois de, ontem, a CMVM ter considerado que a votação que os acionistas fizerem na assembleia geral de 24 de abril sobre o limite dos votos na EDP terá implicações na OPA da China Three Gorges.
Se votarem contra, fica desde logo decidida a não verificação de uma das condições para a OPA avançar. E se votarem a favor, dará 45 dias aos chineses para as restantes condições ficarem garantidas.
O regulador dá ainda uma terceira possibilidade: se a assembleia geral for suspensa antes de se decidir a desblindagem, a CTG tem, na mesma, 45 dias para cumprir todas as condições da oferta.
Para justificar este ultimato, a CMVM refere que a OPA decorre há 11 meses, com as "exigências de eficiência, celeridade e de acordo com critérios de proporcionalidade, tendo em conta a necessidade de impedir a perturbação da atividade das sociedades visadas para além de um período razoável e de acautelar o normal funcionamento do mercado, em linha com anteriores operações similares em Portugal".