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CDS-PP quer esclarecimentos sobre envolvimento de Miguel Barreto no sector eléctrico

O CDS-PP pediu o envio de questões ao antigo director-geral de Energia Miguel Barreto, ouvido na quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas da energia, para esclarecer o seu envolvimento em empresas eléctricas.

Miguel Baltazar/Negócios
11 de Outubro de 2018 às 19:39
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No requerimento, a que a Lusa teve hoje acesso, o grupo parlamentar do CDS-PP solicita que sejam enviadas a Miguel Barreto (na foto), "com a maior brevidade possível", cinco questões sobre a participação do antigo director-geral de Energia em empresas do sector eléctrico, como a Goldiport Solar.

 

Além de querer saber qual a participação nessas empresas, o coordenador do CDS-PP na comissão de inquérito, Hélder Amaral, questiona se tem funções de gestão em alguma dessas empresas, se obtiveram, nos últimos anos, licenças de exploração de centrais fotovoltaicas, onde se localizam, quais as capacidades instaladas e ainda se beneficiam de tarifas de mercado ou 'feed-in' (bonificadas).

 

"O CDS-PP considera pertinente que sejam obtidos esclarecimentos sobre o envolvimento do senhor Dr. Miguel Barreto no sector eléctrico", lê-se no requerimento, referindo que o antigo director de Energia disse que não saiu do cargo para o sector eléctrico, mas, "mais à frente, [...] admitiu a esta comissão parlamentar de inquérito ter regressado ao sector eléctrico em Portugal, mais concretamente no desenvolvimento do licenciamento de centrais solares em mercado".

 

O requerimento foi enviado à presidente da comissão de inquérito, a deputada do PSD Maria das Mercês Borges.

 

"Quando terminei o meu mandato como director-geral criei uma empresa dedicada à certificação energética de edifícios, que nada tem a ver com o sector eléctrico, mas muito mais com o sector imobiliário", disse Miguel Barreto, que esteve na quarta-feira a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas aos produtores de electricidade durante cerca de cinco horas.

 

Na audição, o antigo director-geral de Energia rejeitou então que o conceito de portas giratórias se possa aplicar ao seu percurso, garantindo que não pertenceu ao sector eléctrico antes e depois de ter estado nesta direcção.

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