Notícia
Bruxelas mandou reduzir o consumo de gás: na Finlândia caiu 58,5%, em Malta aumentou 12,1%
Feitas as contas, os países que mais reduziram o seu consumo de gás entre agosto de 2022 e janeiro de 2023 foram a Finlândia (-58,5%), a Lituânia (-40,2%) e a Suécia (-40,5%). No extremo oposto, dois países europeus não só não pouparam gás como ainda aumentaram o seu consumo: Malta (+12,1%) e Eslováquia (+4.6%).
A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira que pretende prorrogar por mais um ano, até fim de março de 2024, a legislação de emergência da União Europeia que estabelece a meta para os Estados-membros reduzirem 15% do consumo de gás, e também a obrigação de reduzir o consumo de eletricidade nas horas de ponta.
Graças à redução voluntária nos consumos de gás, a procura na UE-27 caiu 19,2% entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, superando a meta de 15% estabelecida por Bruxelas e economizando cerca de 42 mil milhões de metros cúbicos de gás, revela o Executivo comunitário. As previsões de Bruxelas até ao final de março são de uma poupança total de 45,3 mil milhões de metros cúbicos de gás.
De acordo com os dados mais recentes do relatório da Comissão Europeia, Portugal conseguiu reduzir a sua procura de gás em 17,1% no espaço de seis meses, ficando no entanto abaixo da média europeia.
Já o 5.º relatório de progresso do Plano de Poupança de Energia 2022-2023 (PPE), publicado pela Adene - Agência para a Energia, dá conta de uma redução de 16,7% no consumo global de gás, face à média histórica dos últimos cinco períodos homólogos. Este decréscimo fez-se sentir sobretudo na vertente de consumo convencional (pelas famílias, empresas e indústrias), com uma redução de 23,4%. No entanto, na componente de consumo, para produção de energia através das centrais termoelétricas, foi verificada uma poupança de apenas 6,5% em cinco meses. No global, Portugal está nos 77,5% de execução da meta de 17% de redução do consumo de gás estabelecida no PPE 2022-2023 até ao final de 2023.
Feitas as contas, os países que mais reduziram o seu consumo de gás entre agosto de 2022 e janeiro de 2023 foram a Finlândia (-58,5%), a Lituânia (-40,2%) e a Suécia (-40,5%). O top 10 dos países mais poupados da procura de gás fica completo com a Estónia (-36,2%), Letónia (-31,8%), Países Baixos (-29,5%), Luxemburgo (-27,7%), Dinamarca (-24.9%), Croácia (-24,1%) e a Bulgária (-23,9%).
No extremo oposto, dois países europeus não só não pouparam gás como ainda aumentaram o seu consumo: Malta (+12,1%) e Eslováquia (+4.6%).
Na lista dos países que menos pouparam estão ainda a Irlanda (-0,3%), Espanha (-13,7%), Eslovénia (-14,2%), Polónia (-14,9%), Bélgica (-16%) e França (17,1%).
"No contexto de um mercado de gás difícil, é importante que a Europa garanta que se prepara agora para o próximo inverno [2023/2024]. A poupança contínua de gás ajudará a UE a cumprir os seus objetivos manutenção das atuais reservas e de manutenção da estabilidade do abastecimento. Uma procura de gás mais fraca e melhor gerida também pode ajudar a reduzir a volatilidade dos preços", referiu Bruxelas em comunicado.
Sobre este assunto, a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, defendeu que os "esforços coletivos na redução da procura e consumo de gás foram essenciais para passarmos este inverno com segurança".
"Fizemos um bom progresso na diversificação da oferta e na redução de nossa dependência da Rússia, mas os mercados globais de gás devem permanecer tensos nos próximos meses. A redução contínua da procura de gás garantirá a preparação para o próximo inverno e permitirá atingir mais facilmente a meta de 90% de armazenamento de gás até ao dia 1 de novembro. Conto com o apoio dos Estados-Membros para continuarmos este esforço na UE, todos juntos", acrescentou.
A redução voluntária do consumo de gás foi introduzida no ano passado como parte do programa "Poupar gás para um Inverno Seguro", uma das principais medidas para lidar com a crise energética desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. O reporte de resultados deve a partir de agora ser feita por setor, a fim de melhorar a monitorização das medidas nacionais.
A proposta será considerada pelos ministros da Energia da UE na próxima reunião do Conselho da Energia a 28 de março.
"Já discuti com os ministros nacionais a vontade de prorrogar a obrigação de poupança de gás em 15%. Com base nos nossos cálculos, se reduzirmos [o consumo de eletricidade] nas horas de ponta entre 5% a 10%, isso permite-nos reduzir 4% do consumo de gás na produção de energia. A Comissão propõe alargar a redução coordenada da procura de gás a nível da UE para garantir a segurança do abastecimento e a estabilidade dos preços", disse Kadri Simson.
Até 31 de março, os Estados-membros devem igualmente estipular 10% das suas horas de ponta, durante as quais deve ser reduzida a procura através de medidas adotadas ao nível nacional.
Graças à redução voluntária nos consumos de gás, a procura na UE-27 caiu 19,2% entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, superando a meta de 15% estabelecida por Bruxelas e economizando cerca de 42 mil milhões de metros cúbicos de gás, revela o Executivo comunitário. As previsões de Bruxelas até ao final de março são de uma poupança total de 45,3 mil milhões de metros cúbicos de gás.
Já o 5.º relatório de progresso do Plano de Poupança de Energia 2022-2023 (PPE), publicado pela Adene - Agência para a Energia, dá conta de uma redução de 16,7% no consumo global de gás, face à média histórica dos últimos cinco períodos homólogos. Este decréscimo fez-se sentir sobretudo na vertente de consumo convencional (pelas famílias, empresas e indústrias), com uma redução de 23,4%. No entanto, na componente de consumo, para produção de energia através das centrais termoelétricas, foi verificada uma poupança de apenas 6,5% em cinco meses. No global, Portugal está nos 77,5% de execução da meta de 17% de redução do consumo de gás estabelecida no PPE 2022-2023 até ao final de 2023.
Feitas as contas, os países que mais reduziram o seu consumo de gás entre agosto de 2022 e janeiro de 2023 foram a Finlândia (-58,5%), a Lituânia (-40,2%) e a Suécia (-40,5%). O top 10 dos países mais poupados da procura de gás fica completo com a Estónia (-36,2%), Letónia (-31,8%), Países Baixos (-29,5%), Luxemburgo (-27,7%), Dinamarca (-24.9%), Croácia (-24,1%) e a Bulgária (-23,9%).
No extremo oposto, dois países europeus não só não pouparam gás como ainda aumentaram o seu consumo: Malta (+12,1%) e Eslováquia (+4.6%).
Na lista dos países que menos pouparam estão ainda a Irlanda (-0,3%), Espanha (-13,7%), Eslovénia (-14,2%), Polónia (-14,9%), Bélgica (-16%) e França (17,1%).
"No contexto de um mercado de gás difícil, é importante que a Europa garanta que se prepara agora para o próximo inverno [2023/2024]. A poupança contínua de gás ajudará a UE a cumprir os seus objetivos manutenção das atuais reservas e de manutenção da estabilidade do abastecimento. Uma procura de gás mais fraca e melhor gerida também pode ajudar a reduzir a volatilidade dos preços", referiu Bruxelas em comunicado.
Sobre este assunto, a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, defendeu que os "esforços coletivos na redução da procura e consumo de gás foram essenciais para passarmos este inverno com segurança".
"Fizemos um bom progresso na diversificação da oferta e na redução de nossa dependência da Rússia, mas os mercados globais de gás devem permanecer tensos nos próximos meses. A redução contínua da procura de gás garantirá a preparação para o próximo inverno e permitirá atingir mais facilmente a meta de 90% de armazenamento de gás até ao dia 1 de novembro. Conto com o apoio dos Estados-Membros para continuarmos este esforço na UE, todos juntos", acrescentou.
A redução voluntária do consumo de gás foi introduzida no ano passado como parte do programa "Poupar gás para um Inverno Seguro", uma das principais medidas para lidar com a crise energética desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. O reporte de resultados deve a partir de agora ser feita por setor, a fim de melhorar a monitorização das medidas nacionais.
A proposta será considerada pelos ministros da Energia da UE na próxima reunião do Conselho da Energia a 28 de março.
"Já discuti com os ministros nacionais a vontade de prorrogar a obrigação de poupança de gás em 15%. Com base nos nossos cálculos, se reduzirmos [o consumo de eletricidade] nas horas de ponta entre 5% a 10%, isso permite-nos reduzir 4% do consumo de gás na produção de energia. A Comissão propõe alargar a redução coordenada da procura de gás a nível da UE para garantir a segurança do abastecimento e a estabilidade dos preços", disse Kadri Simson.
Até 31 de março, os Estados-membros devem igualmente estipular 10% das suas horas de ponta, durante as quais deve ser reduzida a procura através de medidas adotadas ao nível nacional.