Notícia
BP proibida de estabelecer novos contratos com o governo dos EUA
Para além da multa de 4,5 mil milhões de euros que a BP terá de pagar, a empresa está agora proibida de estabelecer novos contratos com o governo dos Estados Unidos. As sanções prendem-se com o acidente ocorrido em 2010, no Golfo do México.
A BP, que se declarou culpada das acusações criminais no caso do acidente do Golfo do México, será temporariamente proibida de estabelecer novos contractos com o governo federal, de acordo com as informações avançadas esta quarta-feira pela Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos.
A instituição explica que a proibição se deve à “falta de integridade” demonstrada pela empresa durante o incidente no Golfo do México. Esta acção, que não afecta os contractos já existentes, vai vigorar até que a BP demonstre que respeita os padrões de negócio estabelecidos pelo governo.
“Esta decisão deve-se à falta de integridade na conduta da BP, no que diz respeito ao acidente na plataforma Deepwater Horizon, à explosão, ao derrame de crude, e à sua resposta”, informou a Agência num comunicado citado pela Bloomberg.
Recorde-se que a 20 de Abril de 2010, a plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, explodiu e afundou no Golfo do México, provocando o pior derrame alguma vez ocorrido nos EUA. Foram necessários três meses até se conseguir travar o derrame de crude no poço [de nome Macondo] danificado pela explosão. Enquanto o poço não foi tapado (o que só foi conseguido a 15 de Julho), foram vertidos 4,9 milhões de barris de petróleo.
Tratou-se assim da pior maré negra da história dos EUA – e a segunda pior da História, logo a seguir ao derrame intencional provocado pelo Iraque aquando do ataque ao Koweit, há 20 anos. Na explosão da plataforma a 20 de Abril, morreram 11 trabalhadores.
No dia 15 de Novembro deste ano, a BP anunciou ter chegado a acordo com o governo dos EUA para pagar 4,5 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros), fechando assim o processo criminal de que foi alvo.