Notícia
Preços da luz seriam mais baixos sem travão ibérico
O mecanismo ibérico criado para travar os preços da eletricidade em Portugal e Espanha foi uma forma de "artificialização do preço do gás natural no mercado grossista" que Portugal não necessitava, segundo o presidente da APREN.
21 de Abril de 2023 às 13:30
O presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), Pedro Amaral Jorge, considera que o mecanismo ibérico criado para travar os preços da eletricidade em Portugal e Espanha tratou-se de uma medida "equívoca".
"A artificialização do preço do gás natural na formação do preço da eletricidade no mercado grossista, na minha opinião, foi uma medida equívoca. Não devia ser tomada porque Portugal não precisava daquela medida", defendeu Pedro Amaral Jorge, na Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30. "Até teríamos tido um efeito mais benéfico para os consumidores se não tivéssemos tido um cenário de limitação do preço do gás natural", afirmou.
Segundo o responsável da APREN, "a incorporação de renováveis que já tínhamos, de fonte eólica e solar, era tal que permitiu gerar um sobre ganho ao sistema elétrico na casa dos 1.500 milhões de euros". "Portanto, Portugal não tinha necessidade de ter um ‘cap’ ao gás natural pela incorporação de renováveis quer já tinha e que garantia essa poupança."
O presidente da APREN explicou também que "como os produtores de energia de fonte renovável vendiam em média a 30€ MWh ao comercializador de último recurso, e os preços do mercado chegaram a estar nos 250 a 300, cada 200 euros por MWh que Portugal poupava por estar a consumir eletricidade com base renovável revertiam para o Sistema Elétrico Nacional".
Pedro Amaral Jorge frisou ainda que "a guerra acelerou a transição energética e as energias renováveis são um fator de segurança energética europeia".
"A artificialização do preço do gás natural na formação do preço da eletricidade no mercado grossista, na minha opinião, foi uma medida equívoca. Não devia ser tomada porque Portugal não precisava daquela medida", defendeu Pedro Amaral Jorge, na Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30. "Até teríamos tido um efeito mais benéfico para os consumidores se não tivéssemos tido um cenário de limitação do preço do gás natural", afirmou.
O presidente da APREN explicou também que "como os produtores de energia de fonte renovável vendiam em média a 30€ MWh ao comercializador de último recurso, e os preços do mercado chegaram a estar nos 250 a 300, cada 200 euros por MWh que Portugal poupava por estar a consumir eletricidade com base renovável revertiam para o Sistema Elétrico Nacional".
Pedro Amaral Jorge frisou ainda que "a guerra acelerou a transição energética e as energias renováveis são um fator de segurança energética europeia".