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Walt Disney rejeita oferta hostil da Comcast
A Walt Disney rejeitou a oferta hostil lançada pela Comcast, no valor de 54,1 mil milhões de dólares em acções (42,6 mil milhões de euros), uma vez que a acha demasiado baixa, admitindo considerar ofertas mais elevadas.
A Walt Disney rejeitou a oferta hostil lançada pela Comcast, no valor de 54,1 mil milhões de dólares em acções (42,6 mil milhões de euros), uma vez que a acha demasiado baixa, admitindo considerar ofertas mais elevadas.
A maior operadora cabo dos Estados Unidos da América ofereceu, na quarta-feira passada, uma razão de troca de 0,78 de cada acção da Comcast por cada título da Disney.
A oferta valorizava cada acção da Disney nos 23,32 dólares (18,26 euros) baseada no preço de fecho da Comcast, na sexta-feira. As acções da Disney subiram 12% desde a oferta e fecharam nos 26,92 dólares (21,08 euros), sugerindo que os investidores esperavam uma oferta mais alta.
A Comcast lançou uma oferta hostil sobre a Disney depois de o director-executivo da empresa de entretenimento, Michael Eisner, ter rejeitado a abordagem feita pelo seu homólogo da Comcast para um negócio que poderá resultar na criação da maior empresa de media do mundo.
O conselho de administração disse que ia considerar ofertas mais altas da Comcast ou de outros interessados e que apoiava Michael Eisner. «O conselho de administração confia na liderança de Michael Eisner e a sua equipa de gestão», disseram ontem os directores em comunicado, citados pela Bloomberg.
A proposta da Comcast consistia no pagamento de 54,1 mil milhões de dólares (42,60 mil milhões de euros) em acções – 26,47 dólares por acção – e na incorporação de dívidas da Disney no valor de 11,9 mil milhões de dólares (9,39 mil milhões de euros).
As acções da Disney dispararem na abertura da bolsa norte-americana, na quarta-feira última, com os títulos a ultrapassarem os 26,47 dólares que a Comcast propunha pagar por acção.
A Disney é detentora de diversos canais de televisão por cabo, entre as quais se encontram a ABC Television e o desportivo ESPN. Uma empresa resultante da fusão destas duas companhias geraria receitas anuais na ordem dos 45 mil milhões de dólares (35,83 mil milhões de euros), ultrapassando a Time Warner como maior empresa de media do mundo.