A Vodafone Telecel concluiu a compra da totalidade do capital da ONI Way, quarto operador móvel que, foi entretanto, extinto no âmbito do acordo assinado em Dezembro de 2002, anunciou a operadora em comunicado.

O documento refere somente que foi celebrado, em 18 de Fevereiro entre a Vodafone Portugal e a ONI Multimédia, o acordo para a compra e venda da totalidade do capital social da ONI Way.

Contactada pelo Canal de Negócios, fonte oficial da Vodafone nada quis acrescentar ao conteúdo do comunicado, alegando cláusulas de confidencialidade do acordo entre as duas operadoras de telecomunicações.

Em Dezembro de 2002, a ONI celebrou um contrato com os três operadores móveis nacionais, para a venda dos activos da ONI Way por 161 milhões de euros.

À Vodafone Telecel coube encaixar a totalidade do capital social da ONI Way, enquanto para os outros operadores ficaram com, por exemplo, equipamentos terminais de terceira geração móvel.

Fonte oficial da Vodafone Telecel não quis especificar o montante dos créditos fiscais que a empresa irá beneficiar agora concretizado o acordo.

A conclusão desta operação foi atrasada pelo facto, entre outros motivos, dos accionistas Telenor e Iberdrola, terem-se recusado, numa primeira fase, em desfazerem-se das suas posições na quarta operadora móvel.

A Vodafone esteve ainda a definir qual o melhor modelo de integração da ONI Way. O grupo não especifica esse modelo, mas mantinha interesse em integrá-la se daí advierem benefícios fiscais.

Não é também conhecido se houve ou não aceitação por parte do Fisco da possibilidade da Vodafone assumir esse eventual crédito fiscal.

A ONI Way era detida em 68% pela ONI, 20% pela Telenor, em 8% pela Iberdrola e os restantes 4% estavam na posse da Efacec e Media Capital.

O valor desta compra pela Vodafone Telecel não foi detalhado.

A ONI é controlada pela Electricidade de Portugal (EDP), a 56%.