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Vista Alegre Atlantis com capitalização bolsista de 145 milhões de euros

A Vista Alegre Atlantis deverá deter uma capitalização bolsista de 144,65 (29 milhões de contos), sendo representado por um capital social de 54 milhões de euros (10,8 milhões de euros), revelou hoje...

18 de Setembro de 2000 às 20:09
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A Vista Alegre Atlantis deverá deter uma capitalização bolsista de 144,65 (29 milhões de contos), sendo representado por um capital social de 54 milhões de euros (10,8 milhões de euros), revelou hoje Bernardo Vasconcellos e Souza, actual presidente da Fábrica de PorcelanasVista Alegre.

A operação de fusão consiste na concentração dos negócios do Grupo Vista Alegre e da Atlantis numa única sociedade cotada que deverá deter uma capitalização bolsista de 144,65 milhões de euros (29 milhões de contos), segundo um estudo elaborado pelo Banco Português de Investimento (BPI).

Naquele estudo, a Fábrica de Porcelana Vista Alegre foi avaliada em 13,43 euros (2.692 escudos) por acção e a Vista Alegre foi avaliada em 91,695 euros (18.383 escudos) por acção.

Os conselhos de administração das diversas sociedades que integrarão o universo da Fábrica de Porcelana de Vista Alegre assinaram hoje um acordo accionista assente em dois principais parâmetros: o direito de preferência dos accionistas da aquisição da posição dos outros accionistas e limite dessa preferência até um quarto dos direitos de voto.

Esta limitação traduz-se em cada accionista ter direito a alienar até um quarto da sua posição a investidores fora do núcleo accionista, sem dar preferência aos outros accionistas.

A Cofina e o Banco Português de Investimento (BPI) deterão respectivamente 20% do capital da Vista Alegre Atlantis, nova empresa cotada em Bolsa. Enquanto o Grupo familiar de Vasconcellos e Souza tomará uma participação de 21% naquela nova empresa. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) através da Caixa- Banco de Investimento assumirá uma posição de 8%, sendo que o capital disperso em Bolsa ascenderá a 31%.

Estas posições dos accionistas poderão flutuar e o capital disperso da empresa poderá elevar dos eventuais 31% para até um máximo de 49%.

Ao conselho de administração da VAA, irá presidir Bernardo Vasconcellos e Souza, actual presidente da Fábrica de Porcelana Vista Alegre, e mais dois elementos da família Pinto Basto: Luís de Azevedo Coutinho e José Pinto Basto.

Da instituição financeira liderada por Artur Santos Silva, nomeará dois administradores: Mira Amaral e Rui Ferreira. A Cofina também irão nomear dois administradores para o novo Grupo: Paulo Fernandes e Borges de Oliveira. A CGD nomeará Vitor Castanheira para membro do conselho de administração do novo Grupo.

A nova estrutura organizacional terá uma característica original uma vez que o Grupo constituiu a figura do administrador-delegado, figura essa que assegurará a gestão corrente dos negócios, não pertencendo actualmente a nenhum dos grupos. Bernardo Vasconcellos escusou-se a revelar a identidade do novo administrador-delegado, afirmando apenas que assumirá funções oficialmente a partir de Janeiro de 2001.

O processo de fusão, que foi alvo de um estudo por parte consultora Mc Kinsey, carece ainda das respectivas aprovações em assembleia geral, datadas para 8 de Novembro.

Este processo acarretará custos de reestruturação na ordem de 6,48 milhões de euros (1,3 milhões de contos) distribuídos por este ano e em 2001. Paulo Fernandes revelou hoje em conferência de imprensa que de uma forma geral, os custos adviriam da harmonização contabilística de todas as empresas, de custos com pessoal e com sistemas informáticos e consultoria.

Em termos de objectivos financeiros após reestruturação, a empresa pretende obter uma rentabilidade das vendas (ROS) no valor de 6%, e um «cash flow» operacional de 20% sobre as vendas. O primeiro objectivo, foi considerado por Bernardo Vasconcellos com um valor acima da média da indústria.

Em termos de razões estratégias, a fusão pretende um reforço da capacidade concorrencial dos dois Grupos- Atlantis e Vista Alegre, através da adopção de uma estratégia de crescimento assente no valor das marcas e de «cross- selling» e aumentar a dimensão no mercado de capitais. As actuais V. A. Grupo, a Fábrica de Porcelana de Vista Alegre e a Atlantis deixarão de cotar no mercado bolsista nacional, para dar lugar à Vista Alegre Atlantis.

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