Os oito bancos estrangeiros accionistas do Banco Finantia revelam-se «muito surpreendidos» com a decisão do Banco de Portugal de vetar a venda da sua posição ao Banco Privado Português por 49,88 milhões de euros (10 milhões de contos), noticiou o «Expresso».

«Ficámos a saber que, no sector bancário, determinados accionsitas só podem vender a quem o accionista maioritário quiser. E que na banca, ao contrário do que acontece nas empresas não-financeiras, não pode haver minorias de bloqueio, É a ditadura da maioria», disse ao jornal «Expresso» fonte próxima do processo.

Segundo apurou o negocios.pt, o Banco Finantia aguarda comunicação oficial do Banco de Portugal quanto à oposição da instituição liderada por Vítor Constâncio à aquisição por parte do Banco Privado Português de 33% do capital do Finantia.

«O Finantia não pode assumir uma posição, enquanto o Banco de Portugal não comunicar uma decisão oficial», revelou ao negocios.pt fonte ligada à instituição presidida por António Guerreiro.

A Reuters, citando fonte não identificada, avançou na dia 24 de Maio que o Banco de Portugal se opõe à entrada no capital do Finantia pela instituição liderada por João Rendeiro, alegando razões de estabilidade do sector financeiro.

Contactado pelo negocios.pt, o Banco de Portugal escusou-se a confirmar ou desmentir, alegando que apenas informa as partes envolvidas na operação.