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Wall Street encerra penúltima sessão do ano com nota negativa

A retirada de mais-valias e os juros da dívida norte-americana elevados pressionaram as ações do país. Apesar do mais recente "sell-off", as bolsas dos EUA preparam-se para fechar um ano de grande retorno.

Peter Morgan/AP
30 de Dezembro de 2024 às 21:13
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Num ano de grandes ganhos para Wall Street, as bolsas norte-americanas encerraram a penúltima sessão de negociação de 2024 com nota negativa. Os investidores estão a aproveitar o mais recente "rally" do Pai Natal para retirar mais-valias e reposicionar as suas carteiras. Um aumento nas "yields" e incertezas em torno do que 2025 trará, principalmente com Donald Trump no poder, foram mais razões para os investidores venderem.

O S&P 500 encerrou a sessão a desvalorizar 1,07% para 5.906,94 pontos, atingindo mínimos de uma semana durante a negociação. Por sua vez, o industrial Dow Jones caiu 0,97% para 42.579,18 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite deslizou 1,19% para 19.486,79 pontos. Os três índices vão terminar o ano com ganhos de dois dígitos.

"O S&P 500, mesmo com o mais recente ‘sell-off’, conseguiu valorizar mais de 50% nos últimos dois anos", começa por afirmar Oliver Pursche, vice-presidente da Wealthspire Advisors, à Reuters. "Se calhar está na hora de retirar algumas fichas de cima da mesa e proteger esses ganhos. E quando temos um volume tão reduzido de negociação, não é necessário muito", conclui.

Um dos grandes setores em destaque este ano foi o tecnológico. Apesar de não ter sido o que mais valorizou – esse título deve pertencer ao setor de serviços de comunicação -, o peso das ações tecnológicas foi o principal responsável pelo "rally" que se assistiu nas bolsas norte-americanas em 2024.

Neste campo, a grande estrela é a Nvidia, que se prepara para fechar o ano a avançar cerca de 180%, com os investidores eufóricos em torno dos seus semicondutores à base de tecnologia de inteligência artificial (AI). No entanto, a empresa encerrou a sessão desta segunda-feira no vermelho, ao cair 1,27% para 129,50 dólares, mesmo depois de ter conseguido fechar um acordo de compra da Run:ai por 700 milhões de dólares, que esperava "luz verde" do regulador da União Europeia.

Entre as principais movimentações de mercado, a Boeing caiu 3,47% para 167,28 dólares, depois de a Coreia do Sul ter ordenado uma inspeção de emergência aos aviões das operadoras que atuam no país. O movimento acontece no rescaldo de um acidente que envolveu uma das aeronaves da Boeing e que matou 179 pessoas.

Já no mundo das criptomoedas, a MicroStrategy, a Coinbase e a Mara Holdings encerraram a sessão no vermelho com desvalorizações consideráveis, depois de a bitcoin – o criptoativo mais famoso e valioso do mundo – ter chegado a desvalorizar até pouco mais de 91.500 dólares.

A sessão desta segunda-feira arrancou com um minuto de silêncio em homenagem a Jimmy Carter, o histórico 39.º presidente dos EUA que faleceu este domingo aos 100 anos de idade. As bolsas norte-americanas vão estar encerradas no dia 9 de janeiro, data em que se assinala o dia de luto em memória da personalidade que também conquistou um prémio Nobel da Paz.

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